‘Estação Jugular’: nonsense e referências a Van Gogh em livro do brasileiro Allan Pitz
Allan Pitz 21 de julho de 2011 Aline T.K.M. 12 comentários
Graças à parceria com o autor Allan Pitz, o post de hoje traz o review do livro Estação Jugular. Agradeço MUITO ao Allan pelo livro e marcador (autografados!!!). =D
Não posso começar a falar do livro sem antes dizer uma coisa: Estação Jugular me surpreendeu de maneira muito positiva. Os motivos foram vários, principalmente a abordagem do tema e a veracidade que os personagens transmitem ao leitor.
Estação Jugular nos coloca a bordo de um ônibus dirigido por um motorista bastante peculiar, que conduz um único passageiro – Franz – a um destino que nem ele próprio sabe qual é. Franz, a princípio, foge de um sol castigante, sem saber exatamente onde se encontra e para onde vai. Aos poucos, e mesclando-se à confusão e às imprevisíveis visões de sua jornada a bordo do ônibus, a memória de Franz nos revela (e revela a si mesmo) os acontecimentos anteriores que culminaram no presente momento.
O livro, de fato, nos leva nessa viagem junto a Franz. Enxergamos através dos seus olhos cada etapa, cada “absurdo” e, por fim, cada descoberta. As pitadas nonsense me foram deliciosas, e as referências a obras de Van Gogh doam uma “loucura visual” que enriquece todo o cenário em nossas mentes. Através de associações e metáforas, cada capítulo nos coloca a refletir e é muitas vezes concluído com uma frase de alguma personalidade célebre, o que incentiva o pensamento a percorrer caminhos mais profundos. Achei super pertinente a inclusão de tais frases – um ponto mais que positivo do livro, em minha opinião.
Deixo aqui um trecho que possui um significado bastante verdadeiro acerca da existência humana:
A leitura acontece de forma muito fluida e mantém o leitor suspenso em uma curiosidade constante. Mesmo quando o leitor já palpita sobre o que está realmente acontecendo com o personagem central, e quando as revelações começam a se desdobrar, a avidez por saber o que ocorrerá com Franz não deixa de estar presente em nenhum momento. Fiz a leitura em um único dia, e não foi só devido às pouco menos de 100 páginas (é, o livro é curtinho), mas sim pela curiosidade de saber como tudo iria terminar. Soma-se a isso o fato de que gostei da forma como o tema é apresentado e desenvolvido. Não dá para dar detalhes do tema em si porque seria um baita de um spoiler.
No mais, o livro merece ser saboreado, mas não com calma, já que o leitor provavelmente vai ver que este não é o tipo de leitura que dá para ser feita em doses homeopáticas. O livro tem um ritmo próprio, aceleradinho, e não tem como ler de outra forma.
Não posso começar a falar do livro sem antes dizer uma coisa: Estação Jugular me surpreendeu de maneira muito positiva. Os motivos foram vários, principalmente a abordagem do tema e a veracidade que os personagens transmitem ao leitor.
Estação Jugular nos coloca a bordo de um ônibus dirigido por um motorista bastante peculiar, que conduz um único passageiro – Franz – a um destino que nem ele próprio sabe qual é. Franz, a princípio, foge de um sol castigante, sem saber exatamente onde se encontra e para onde vai. Aos poucos, e mesclando-se à confusão e às imprevisíveis visões de sua jornada a bordo do ônibus, a memória de Franz nos revela (e revela a si mesmo) os acontecimentos anteriores que culminaram no presente momento.
O livro, de fato, nos leva nessa viagem junto a Franz. Enxergamos através dos seus olhos cada etapa, cada “absurdo” e, por fim, cada descoberta. As pitadas nonsense me foram deliciosas, e as referências a obras de Van Gogh doam uma “loucura visual” que enriquece todo o cenário em nossas mentes. Através de associações e metáforas, cada capítulo nos coloca a refletir e é muitas vezes concluído com uma frase de alguma personalidade célebre, o que incentiva o pensamento a percorrer caminhos mais profundos. Achei super pertinente a inclusão de tais frases – um ponto mais que positivo do livro, em minha opinião.
Deixo aqui um trecho que possui um significado bastante verdadeiro acerca da existência humana:
Nesse tempo mudo vivi a infância outra vez; e mais doce e tenro do que antes eram os deleites de não saber nada sobre tudo. E correr atrás de qualquer sonho, qualquer esperança... Depois da infância tudo o que vi foi o amanhecer de um lobotomizado comum, fanático pela manutenção íntegra de si mesmo, fanático de si.
A leitura acontece de forma muito fluida e mantém o leitor suspenso em uma curiosidade constante. Mesmo quando o leitor já palpita sobre o que está realmente acontecendo com o personagem central, e quando as revelações começam a se desdobrar, a avidez por saber o que ocorrerá com Franz não deixa de estar presente em nenhum momento. Fiz a leitura em um único dia, e não foi só devido às pouco menos de 100 páginas (é, o livro é curtinho), mas sim pela curiosidade de saber como tudo iria terminar. Soma-se a isso o fato de que gostei da forma como o tema é apresentado e desenvolvido. Não dá para dar detalhes do tema em si porque seria um baita de um spoiler.
No mais, o livro merece ser saboreado, mas não com calma, já que o leitor provavelmente vai ver que este não é o tipo de leitura que dá para ser feita em doses homeopáticas. O livro tem um ritmo próprio, aceleradinho, e não tem como ler de outra forma.
Onde comprar: Amazon
Título: Estação Jugular – Uma estrada para Van Gogh
Autor(a): Allan Pitz
Editora: Dracaena
Edição: 2012
Ano da obra: 2011
Páginas: 132
Aline T.K.M.
Criou o Livro Lab há 12 anos e se dedicar a este projeto é uma das coisas que mais ama fazer, além de estar em contato com os mais variados tipos de expressões artísticas. Tem paixão por cinema, viajar e conhecer outras culturas. Ah, e ama ler em francês!
12 comentários
Nossa não conhecia o seu blog, adorei, muito lindo. E quando a sua resenha, confesso que só fiquei sabendo do livro do Allan porque ele também me mandou marcadores e não despertou a minha atenção, porém a sua resenha ficou muito boa e me deixou bem curiosa, quem sabe eu o leia.
ResponderExcluirBeijos&beijos
Book is life
Fiquei com muita vontade de lê-lo *-*
ResponderExcluirBeijos querida
Bruna
http://desbravandohistorias.com.br
É a segunda resenha positiva que leio desse livro. Curiosidade crescendo...
ResponderExcluirbeijoO
Oi linda, tudo bem? vim te convidar para participar dos sorteios em meu blog..
ResponderExcluirtá rolando 6 sorteios!
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Sua presença é muito importante =)
Grande beijo!
O livro parece ser interessante,, parece ser cheios de mistérios.Você leu bem rapidinho ein. Tem livros que acontecem tudo rapidinho que se pararmos até perde a graça ai temos que ir no mesmo embalo..
ResponderExcluirO nome do livro é bem curioso..Parabéns pela parceria e resenha!
Até mais..ah te seguindo!
Ensaios de uma Leitura
Gostei bastante do livro, fiquei curiosa, principalmente porque ele tem um tema diferente.
ResponderExcluirBeijos, Bianca
epilogosefinais.co.cc
Olá Aline,
ResponderExcluirGosto da excentricidade e simplicidade dos livros do Pitz. Fiquei curioso para ler este.
Nunca mais apareceu no meu blog!
rsrs
Ademar Júnior
http://coolturalblog.wordpress.com
O livro parece realmente uma delícia de ler! Não sabia deste livro aí do Allan Plitz, uma resenha positiva assim sempre me surpreende. Já estou curiosa. *-* Beijos!
ResponderExcluirRachel Lima
http://etcoetra.blog.br
Ainda não li o livro, mas é sempre bom ver resenhas de livros nacionais!
ResponderExcluirEspero que um dia o meu esteja ai.. haha
Hum, livro com até autografo, que chique hein!
ResponderExcluirGostei da idéia do livro, quem sabe uma hora não leia?
beijos!
Já tinha lido outra resenha deste livro antes, também positiva. Não li o outro livro do autor, mas este está me deixando curiosa, mesmo. E gosto de livros curtinhos ;)
ResponderExcluirBeijoca!
Pela sinopse, eu julguei que seria uma leitura arrastada, monótona, sabe? Mas você ressaltou que tudo flui com facilidade e que os capítulos deixam o leitor curioso, então acho que me enganei. Acho uma pena, entretanto, que o livro tenha menos de 100 páginas - não consigo associar esse número tão pequeno a noções de profundidade, de forma que acabo por imaginar uma história bem superficial =/
ResponderExcluirAh, e capa fantástica!
=*
http://livrosletrasemetas.blogspot.com/