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5 motivos para ler Vladimir Nabokov

5 motivos para ler 18 de junho de 2013 Aline T.K.M. 17 comentários


Vladimir Vladimirovich Nabokov, ou Vladimir Nabokov nasceu em 22 de abril de 1899, em São Petersburgo, na Rússia. Filho de família aristocrata, era o mais velho de cinco crianças. Deixou o país com sua família após a Revolução Bolchevique. Após graduar-se no Trinity College (Cambridge, Inglaterra), juntou-se à família em Berlim, em 1922. Pouco depois, casou-se com Véra Slonim, de família russo-judaica, e em 1934 tiveram um filho, Dmitri.

Fugindo dos exércitos nazistas, mudou-se para os Estados Unidos em 1940, onde foi professor universitário de literatura. Tornou-se cidadão norte-americano e utilizava o inglês para escrever sua obra. Só alcançou a fama e o reconhecimento internacional com Lolita, cujos frutos lhe permitiram mudar-se para a Suíça e dedicar-se inteiramente à literatura. Vladimir Nabokov faleceu em 2 de julho de 1977, em Montreux, Suíça.

5 motivos, lá vamos nós!

1. Lolita, o livro mais conhecida do autor, foi rejeitado por diversas editoras, que o rotularam pornografia pura, e só foi publicado por uma editora francesa, em 1955. Depois de publicada, a obra chegou a ser banida em vários países, mas logo tornou-se um best-seller. É certo que Lolita é um livro polêmico; ao mesmo tempo em que foi visto com maus olhos por muitos, é indubitavelmente considerado uma das obras-primas literárias do século 20.
O livro Lolita originou dois termos de cunho sexual: lolita e ninfeta, que significam meninas púberes atraentes ou precoces sexualmente.

2. Nabokov nutria grande paixão por borboletas. Sua carreira como entomologista (estudioso de insetos) teve considerável destaque; foi, ainda, curador da seção de lepidópteros (ordem de insetos à qual pertencem as borboletas) no Museu de Zoologia Comparada da Universidade de Harvard, nos EUA.
Os jogos de xadrez eram outra atividade pela qual o escritor era aficionado.

3. Lolita teve duas adaptações para o cinema. A primeira delas foi em 1962, por Stanley Kubrick (“A Laranja Mecânica”, “O Iluminado”); a segunda é de 1997, dirigida por Adrian Lyne (“Flashdance”, “Proposta Indecente”).

Edição de 1981 (Abril Cultural): meu
mais recente achado!
O polêmico livro também deu origem a um musical. Lolita, My Love (por John Barry e Alan Jay Lerner, 1971) só conheceu o fracasso e nem chegou aos palcos da Broadway – teve temporada apenas em Boston e na Filadélfia. O musical foi considerado controverso (por um público bastante conservador), porém sua trilha sonora ainda é digna de atenção. Não chegou a ganhar álbum de estúdio; foi lançado um álbum por uma pequena gravadora que consistia em uma gravação ao vivo do musical.
Em 1981, houve uma peça de teatro adaptada do livro de Nabokov, também sem sucesso. Existiu também uma ópera baseada em Lolita. Composta em 1992, originalmente em russo, teve sua estreia em 1994, em Estocolmo (Suécia), traduzida para o idioma sueco.
A música “Don’t stand so close to me”, da banda The Police, faz alusão à obra no trecho “Just like the old man in / That book by Nabokov”. A temática gira em torno do desejo e culpa entre uma estudante e seu professor.

4. Um manuscrito incompleto do autor foi revelado há alguns anos. O Original de Laura foi escrito à lápis em 138 fichas catalográficas em 1977, e permaneceu por mais de trinta anos em um cofre na Suíça. Antes de morrer, Nabokov havia pedido à sua mulher, Véra, que o destruísse. Dmitri, filho do escritor, guardou o manuscrito desde a morte de Véra, e decidiu publicá-lo depois de décadas de polêmicas. No Brasil, O Original de Laura foi publicado pela Alfaguara.

5. Vladimir Nabokov definia sua infância como tendo sido perfeita. Sua família era trilíngue e, desde tenra idade, Vladimir lia e escrevia em inglês e francês, além de sua língua materna, o russo.

PRINCIPAIS OBRAS:
Machenka (1926)
Lolita (1955)
Fogo Pálido (1962)
O Olho (1965)
A Pessoa em Questão (1966, autobiografia)
Coisas Transparentes (1972)
O Original de Laura (2009, publicação póstuma)

Aline T.K.M.
Criou o Livro Lab há 12 anos e se dedicar a este projeto é uma das coisas que mais ama fazer, além de estar em contato com os mais variados tipos de expressões artísticas. Tem paixão por cinema, viajar e conhecer outras culturas. Ah, e ama ler em francês!

 

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17 comentários

  1. Ótimos post post Aline. Conteúdo super interessante do tipo que tem que aparecer mais na blogosfera! Adorei saber mais sobre esse autora tão controverso!!


    Beijo e faça mais listinhas!!

    http://garotadasletras.blogspot.com.br/

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    1. Oie Geovanna! Ahh que legal que você gostou! ^^ Eu, particularmente, gostei demais de Lolita e foi bem interessante montar este post porque acabei descobrindo detalhes que não sabia sobre o autor. Procurarei ler outras obras dele, certamente. Um beijão!!

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  2. Oi, tudo bom?
    Post ótimo, adorei! Tenho muita vontade de ler Lolita, vou ver se procuro esse mês! Este tipo de publicação é ótimo eu adoro, parabéns!
    Tem post novo e promoção de um Kindle! Vai perder?
    Beijos
    Endless Poem

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  3. Adorei o post! Descobri várias coisas que não sabia sobre o autor.

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  4. De todos os livros o que conheço mesmo é Lolita, mas sei lá, tenho medo desse livro. Não é um assunto fácil para escrever e não sei como vou lidar lendo, até já tentei comprá-lo e tal, só que sempre desisto.

    Bjs, @dnisin
    www.seja-cult.com

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    1. É, não é um livro indiferente. Mas vale muito a pena ser lido, tanto pelo tema polêmico quanto pela beleza do texto. E, ainda, porque mesmo que o protagonista seja obcecado por uma criança, ele tem um lado humano muito forte. É uma leitura de confrontos! Bjs!

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  5. Caramba, muito bom esse post! Adorei saber mais sobre o autor e o livro.
    Eu tenho Lolita, comprei na Bienal SP no ano passado, mas ainda não o li. Ele está me esperando pacientemente, lá na estante, guardadinho, rs.
    beijão!!

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    Respostas
    1. Lia, lê sim o livro! É daqueles que a gente lê e dificilmente (leia-se nunca) esquece. Bjoka!

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  6. Aline! Muito bom o post, tenho Lolita numa edição da Folha de São Paulo, ele tá na minha listinha há um tempo não tenho mais desculpas p adiar depois do que li por aqui HAHAHAH.

    Abs :D

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    Respostas
    1. Oi Amanto, eu tenho também essa edição da Folha, meio velhinha (comprei num sebo), de capa dura azul. Mas não aguentei e comprei essa outra edição da Abril Cultural (essa da foto aí do post, da boneca).
      Mas olha, adianta essa leitura porque vale a pena! =)

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  7. Oi oi.
    Louco pra ver o filme do Kurick, afinal, um dos meus objetivos p/ vida é ver toda a filmografia do kubrick (o mesmo p/ almodovar e tarantino) masssss, quero ler o livro antes. Tenho essa edição da Abril, é meio feinha, mas me custou 3 reais, então tá valendo rs

    Ótimo post e até o próximo ;)
    http://triplamente.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. O filme do Kubrick eu ainda não vi, mas o remake de 1997 eu vi umas duas vezes. Também gosto bastante do Tarantino e do Kubrick (Laranja Mecânica é espetacular). Mas Almodóvar é, de longe, meu diretor preferido da vida toda! Os filmes dele são únicos, especialmente os mais antigos.
      O quê? Você achou essa capa da Abril feinha?? Eu adorei essa capa, tanto que fiz questão de comprar essa edição mesmo já tendo o livro. Acho essa boneca tão "kitsch"! =P

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  8. Olá Aline, queria muito ler algo do Vladimir, mas não sei por qual começar. Acho que Lolina não seria apropriado para a minha idade. Enfim, se tiver alguma dica...
    Beijos,
    Gabriel (http://perdidonaslinhas.blogspot.com.br)

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    Respostas
    1. Oi Gabriel, é, Lolita é um livro mais adulto, mas é uma ótima leitura na minha opinião. Do Nabokov foi o único que li até então (por isso não posso te indicar nenhum outro...), mas tenho vontade de ler outros textos do autor. Bjinho!

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  9. ola tudo bom eu tentei pesquisa no google mas nao achei lolita onde eu poso ver ele ?

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    Respostas
    1. Oi... O livro Lolita é bem fácil de achar e tem várias edições (acho até que tem em edição de bolso também). Tenta procurar na Livraria Cultura, na Saraiva, inclusive pelo site deles.
      Agora o filme Lolita, ou os filmes (tem o do Kubrick e outro dirigido por Adrian Lyne), você pode encontrar para alugar em uma das locadoras 2001, ou então tem o dvd do Kubrick vendendo online no site das Lojas Americanas.

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