Saiba por que ir correndo ver a exposição Stanley Kubrick no MIS
Exposição 22 de novembro de 2013 Aline T.K.M. 5 comentáriosDeixar de conferir a exposição Stanley Kubrick no Museu da Imagem e do Som (MIS) estava fora de cogitação, já que venho carregando a recente frustração cultural de não ter aproveitado a Mostra Internacional de Cinema. Embora tenha estreado em outubro, só pus fim às inquietações semana passada, quando fui experienciar a exposição.
Digo “experienciar” porque toda a exposição se trata de uma grande experiência multissensorial, uma verdadeira imersão na obra do cineasta nova-iorquino. E como a empolgação foi grande – foi mais incrível do que eu esperava –, separei 3 razões mais que suficientes para reservar umas boas horinhas do seu fim de semana e mergulhar na arte de Stanley Kubrick.
1. Aos literários de plantão: imaginem percorrer os corredores do hotel Overlook, abrir portas e descobrir pequenos tesouros, como o figurino original das garotas gêmeas sinistras de O Iluminado. A música de fundo, claro, cria toda uma tensão condizente com o lugar. Ou então sentar num sofá cor-de-rosa e assistir a trechos de Lolita em duas telas no formato de coração – as lentes dos famosos óculos. Reler o livro do Nabokov será uma possibilidade tentadora, garanto.
E não é só; várias outras adaptações cinematográficas de Kubrick marcam presença na exposição com objetos de cena, documentos, figurinos... Alguns exemplos: Barry Lyndon (baseado no livro As Aventuras de Barry Lyndon, de William Makepeace Thackeray), Dr. Fantástico (baseado no livro Alerta Vermelho, de Peter George), De Olhos Bem Fechados (baseado no livro Breve Romance de Sonho, de Arthur Schnitzler).
2. Há o Stanley Kubrick fotógrafo, com um olhar que capta e transmite mensagens nas entrelinhas. Ser chamado de “fotógrafo veterano” pelos colegas aos dezenove anos indica que suas imagens valem um olhar mais atento.
3. Certamente a parte mais esperada da exposição: Laranja Mecânica. Objetos de cena sugestivos em um ambiente à la Lactobar Korova – sem esquecer a sinfonia em alto e bom som – transportam diretamente não só ao filme do cineasta, mas também às páginas de Anthony Burgess. Altamente horrorshow.
Tudo isso e mais valem uma visita à exposição, que é apresentada pela primeira vez na América Latina.E não é só; várias outras adaptações cinematográficas de Kubrick marcam presença na exposição com objetos de cena, documentos, figurinos... Alguns exemplos: Barry Lyndon (baseado no livro As Aventuras de Barry Lyndon, de William Makepeace Thackeray), Dr. Fantástico (baseado no livro Alerta Vermelho, de Peter George), De Olhos Bem Fechados (baseado no livro Breve Romance de Sonho, de Arthur Schnitzler).
2. Há o Stanley Kubrick fotógrafo, com um olhar que capta e transmite mensagens nas entrelinhas. Ser chamado de “fotógrafo veterano” pelos colegas aos dezenove anos indica que suas imagens valem um olhar mais atento.
3. Certamente a parte mais esperada da exposição: Laranja Mecânica. Objetos de cena sugestivos em um ambiente à la Lactobar Korova – sem esquecer a sinfonia em alto e bom som – transportam diretamente não só ao filme do cineasta, mas também às páginas de Anthony Burgess. Altamente horrorshow.
E não deixem de passar na lojinha antes de ir embora: além dos óbvios (mas não menos legais) boxes com os filmes do Kubrick, tem livros, filmes cult, buttons... Bom para dar uma olhadinha no livro Stanley Kubrick de Michel Ciment (lançamento da Cosac Naify) e para finalmente adquirir um exemplar da edição especial de 50 anos de Laranja Mecânica.
Aos fins de semana, aproveitem os primeiros horários – as filas (da bilheteria e de espera para adentrar a exposição) triplicam após a hora do almoço.
Até 12 de janeiro de 2014.
Terças a sextas, das 12h às 21h; sábados das 10h às 22h; domingos e feriados das 11h às 20h
R$ 10 (inteira) / R$ 5 (meia) / gratuito às terças-feiras / R$ 20 (online)
Museu da Imagem e do Som
Av. Europa, 158 – Jd. Europa – São Paulo/SP
Mais informações aqui.
Aline T.K.M.
Criou o Livro Lab há 12 anos e se dedicar a este projeto é uma das coisas que mais ama fazer, além de estar em contato com os mais variados tipos de expressões artísticas. Tem paixão por cinema, viajar e conhecer outras culturas. Ah, e ama ler em francês!
5 comentários
Como bom cinéfilo, eu não poderia não ser fã do mestre Kubrick.
ResponderExcluirPor não morar na capital, ainda não fui nessa exposição, mas, tendo lido essa sua postagem me deu vontade de um dia visitar o MIS no qual nunca fui.
Bom saber que vai até janeiro mas preciso me programar.
Se puder, vai sim na exposição. Só digo que me surpreendi para caramba, muito caprichada! Você realmente entra na atmosfera dos filmes do cara. =)
ExcluirMeu Deus, é o paraíso, só falta mesmo vir para o Sul para ser perfeito!!!
ResponderExcluirBeijo, Van - Blog do Balaio
balaiodelivros.blogspot.com.br
Olha, é uma exposição tão bacana que eu acho que deveria ir para várias cidades do Brasil. Espero que vá aí para o Sul!
ExcluirOi Aline,
ResponderExcluirQuando soube dessa exposição fiquei morrendo de vontade de ir, infelizmente moro tão longe.
Essa semana tá acontecendo a "Mostra Philip K. Dick", no MIS também. Se quiser saber mais um pouco, fiz uma postagem no blog.
Beijos
Cooltural