Quotes do queridíssimo Martin Page... Enjoy!
Mais do que as agressões, as doenças e os acidentes automobilísticos, a realidade é a grande provedora de feridas, danos e sofrimentos.
Como as relações sexuais, a morte também requer preliminares. O cansaço, as desilusões e as doenças são as carícias e os beijos que relaxam os músculos e permitem à morte que nos leve suavemente.
De modo geral, gostava de coisas já usadas: roupas, filmes, livros. Os velhos objetos resistiram; trazem em si toda uma experiência de vida. Os objetos novos não são sequer púberes; nada entendem da nossa solidão.
A longevidade das marcas, observava ele, supera a dos casamentos. Elas proporcionam um sentimento de continuidade e segurança; são os menires e as pirâmides da modernidade. Se as pessoas não acreditarem nas marcas, em que acreditarão? O consumo permite que nos mantenhamos vivos em um mundo sem Deus, sem causas coletivas, e onde as histórias sentimentais não duram mais que dois anos.
Se Hemingway desembarcasse em Paris nos dias de hoje, já não teria recursos para frequentar os cafés como fazia na década de 1920. O único canto onde poderia se instalar para beber um café e escrever seria o McDonald’s. Em nenhum outro lugar uma pessoa pode se refugiar no calor durante horas por uma quantia módica. [...] A ideia de um local de alimentação para as pessoas simples fora deixada nas mãos de uma caricatura de empresa capitalista. O fast-food tornara-se o único local caloroso, vivo e popular. Era deprimente.
Ninguém admitiria isso, mas o fato é que não há nada por comemorar quando nossos amigos dão certo na vida e se apaixonam, pois isso os afasta de nós. Os grupos mais sólidos de amigos se apoiam em fracassos profissionais e sentimentais.
Na vida, oscilamos entre as dores que nos impõem e aquelas que impomos a nós mesmos. Um belo dia, descobrimos que são as mesmas.
A partir dos trinta, os encontros de galanteio parecem entrevistas de emprego. [...] Não queremos mais nos enganar, e por isso fazemos muitas perguntas, inquirimos, interpretamos o menor sinal preocupante. Temos o nosso objetivo claro na cabeça e rejeitamos os frutos podres.
Talvez uma história de amor, de Martin Page.
Aline T.K.M.
Criou o Livro Lab há 12 anos e se dedicar a este projeto é uma das coisas que mais ama fazer, além de estar em contato com os mais variados tipos de expressões artísticas. Tem paixão por cinema, viajar e conhecer outras culturas. Ah, e ama ler em francês!
6 comentários
Não conheço o livro, mas acho que vou procurá-lo para ler... Os quotes são bem pensados mesmo! É a primeira vez que leio a coluna e adorei - quotes são tudo de bom! ^.^
ResponderExcluirBeijos! || ape56.blogpot.com
Bacana que você gostou da coluna! Eu anoto tantos trechos dos livros que leio e muitas vezes eles não cabem nas resenhas, daí tenho essa necessidade de compartilhá-los hehehe. Esse livro é bem legal, bom, sou suspeita para falar porque sou muito fã do Martin Page. Mas é verdade, recomendo o livro, e olha que esse nem é um dos melhores do cara.
ExcluirAline os quotes são muito interessante Martin soube escrever, Aline seguindo o seu blog, convido você para conhecer o meu, beijos.
ResponderExcluirhttp://www.lucimarestreladamanha.blogspot.com.br
Adoro esses quotes. =) Pode deixar, vou dar um pulinho no seu blog!
ExcluirOii Aline,
ResponderExcluirnão conhecia o autor, mas já procurei saber mais sobre ele ;3
Adorei os quotes. Eles são muito... profundos.
Beijo,
entreeleitores.blogspot.com
Amo Martin Page e é até hilário porque quando leio um livro dele paro o tempo todo para anotar páginas em que encontro quotes interessantes. Vale a pena ler os livros dele - tem várias resenhas aqui no blog. =)
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