Recentemente, assisti ao longa do jovem diretor grego Alexandros Avranas, intitulado Miss Violence. Por trás de um título e sinopse já bastante intrigantes, me vi diante de um filme tão incrível quanto pesado, sobre o qual eu precisava falar aqui no blog.

Eis, portanto, 3 motivos para ver Miss Violence:

1. É um filme todo perturbador, denso e polêmico. Silêncios e fotografia de cores lavadas criam um permanente clima de tensão, um incômodo que mais adiante a trama trata de justificar de maneira surpreendente. Impossível sair do cinema indiferente ao que se acaba de ver.

2. Uma decadente sociedade grega, afundada na crise, é o invólucro – e um paralelo – perfeito para a história de uma família completamente desestruturada, onde tudo são máscaras.

3. Além do êxito obtido na Mostra Internacional de São Paulo de 2013, Miss Violence – exemplar imperdível do novo cinema grego – levou dois prêmios no Festival de Veneza do mesmo ano: o Leão de Prata de melhor direção e a Copa Volpi de melhor ator para Themis Panou, que interpreta o patriarca da família.

TRAILER E SINOPSE

SINOPSE: No seu aniversário de 11 anos, Angeliki se joga da varanda do apartamento com um sorriso no rosto. Sua família alega que não foi suicídio, mas sim um acidente e parece conformada com a morte da menina tentando, de todas as formas, continuar com suas vidas perfeitamente organizadas. Em busca de respostas, promotores começam uma investigação para saber se foi ou não suicídio e quais são os segredos obscuros que essa família, aparentemente perfeita, guarda.
Miss Violence (de Alexandros Avranas, Grécia, 2013)