Não costumo fazer “maratona Oscar” e não são muitos os filmes indicados aos quais vou ao cinema assistir. Por isso, acabei vendo Para Sempre Alice meio que por acaso: queríamos ir ao cinema e não havia muitas opções de filmes e horários.
Olha, não me arrependi; apesar de ficar na superficialidade e pisando em ovos o tempo inteiro, talvez com receio de chocar o espectador, o filme é bom – mas apenas isso. O maior atrativo é mesmo a atuação da Julianne Moore, que sem dúvida mereceu a estatueta. Agora, se o intuito for ver um filme excelente que aborde a deterioração de um lar por uma doença degenerativa, sugiro que procurem Amor (Amour, 2012), de Michael Haneke – até este exato segundo ainda não me conformei que Emmanuelle Riva não tenha levado o Oscar 2013, e ainda o perdeu para Jennifer Lawrence...
Poréns à parte, gostei da trama de Para Sempre Alice e tive curiosidade a respeito do livro. Na internet, vi que o romance que inspirou o filme parece ser leitura obrigatória. A história é fictícia, mas sabemos que dialoga (hoje ou futuramente) com a triste realidade de inúmeras pessoas. Só por isso a leitura já deve valer a pena, penso eu. Também, a autora Lisa Genova é neurocientista – o que deve enriquecer todos os relatos sobre a doença no livro –, e Para Sempre Alice é seu primeiro romance.
LIVRO: Para Sempre Alice, de Lisa Genova, Nova Fronteira.
SINOPSE: Aos 50 anos, mãe de três filhos e uma renomada professora da Universidade de Harvard, Alice Howland começa a esquecer. No início, coisas sem importância, como o lugar em que deixou o celular, até que, um dia, ela se perde a caminho de casa. Mal de Alzheimer precoce: um diagnóstico inesperado que altera para sempre sua vida e sua maneira de se relacionar com a própria família e o mundo. E, quando não há mais certezas possíveis, só o amor sabe o que é verdade.
FILME: Para Sempre Alice (Still Alice, dirigido por Richard Glatzer, Wash Westmoreland, EUA / França, 2014)
E vocês, viram o filme? O que acharam? Já leram o livro?
Aline T.K.M.
Criou o Livro Lab há 12 anos e se dedicar a este projeto é uma das coisas que mais ama fazer, além de estar em contato com os mais variados tipos de expressões artísticas. Tem paixão por cinema, viajar e conhecer outras culturas. Ah, e ama ler em francês!
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