Como falar de um livro que não li e de um filme que não vi? Eis o dilema de hoje.
O livro é Norwegian Wood, do Haruki Murakami, um dos autores que já mora na minha lista de favoritos – dele, li a trilogia 1Q84 e o memorável Minha Querida Sputnik. Na minha wishlist e desejado loucamente há mais de ano, o livro só não foi parar na minha estante ainda porque tenho dois outros livros do Murakami esperando para serem lidos. Não faz sentido ter mais um para aumentar a fila – mentira, faz sentido, sim... Ahhhh, como eu quero esse livro!
Já o filme se chama Como na Canção dos Beatles: Norwegian Wood. Do vietnamita Tran Anh Hung, a adaptação não chegou a ganhar críticas entusiasmadas; os comentários, na verdade, foram bem desanimadores na época em que foi lançado por aqui, em 2014. Ao menos a estética foi elogiada. E, como vocês já sabem, não vi o filme e foi por puro azar ou falta de oportunidade, entendam como quiserem. Só lembro de tê-lo visto em cartaz no Caixa Belas Artes e por pouco tempo (até onde sei, pelo menos); acabei deixando passar e estou na vontade até hoje.
Comparado a O Apanhador no Campo de Centeio, Norwegian Wood (o livro) é um romance de formação ambientado na Tóquio da década de 60 e fala de juventude, sexo, dor, crescimento, amor, suicídio, desordem psicológica. Publicado pela primeira vez em 1987 e tomando emprestado o nome de uma música dos Beatles como título, o livro foi o primeiro grande sucesso de Murakami e o mais vendido do autor até hoje. E se vocês ainda não entenderam o motivo de eu estar assim tão louca por esse livro, deem um pulinho aqui nos 5 motivos para ler Haruki Murakami e vocês vão sacar por que quero ler absolutamente tudo que ele escreve!
Mas calma! Esperem um minutinho ou dois para ir lá para os 5 motivos. Antes, conheçam um pouquinho mais de Norwegian Wood, livro e filme:
LIVRO: Norwegian Wood, de Haruki Murakami, ed. Alfaguara
SINOPSE: Em 1968, Toru Watanabe acaba de chegar a Tóquio para estudar teatro na universidade, e mora em um alojamento estudantil só para homens. Solitário, dedica seu tempo a identificar e refletir sobre as peculiaridades dos colegas.Um dia, Toru reencontra um rosto de seu passado: Naoko, antiga namorada de seu grande amigo de adolescência Kizuki antes deste cometer suicídio. Marcados por essa tragédia em comum, os dois se aproximam e constroem uma relação delicada onde a fragilidade psicológica de Naoko se torna cada vez mais visível até culminar com sua internação em um sanatório.
FILME: Como na Canção dos Beatles: Norwegian Wood (Noruwei No Mori, dirigido por Tran Anh Hung, Japão, 2010)
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Alguma alma aqui já leu e/ou viu o filme?? Vale a pena? (Quanto ao livro, não tenho dúvidas; sobre o filme eu gostaria mesmo de saber...)
Aline T.K.M.
Criou o Livro Lab há 12 anos e se dedicar a este projeto é uma das coisas que mais ama fazer, além de estar em contato com os mais variados tipos de expressões artísticas. Tem paixão por cinema, viajar e conhecer outras culturas. Ah, e ama ler em francês!
4 comentários
Minha história com o Murakami começou exatamente com o filme, até então nunca tinha ouvido falar do escritor japonês...o que posso dizer é que gostei tanto do filme que o universo Murakamiano se tornou uma pequena obsessão, não li o Norwegian, também, mas já estou no quarto livro do autor, lendo no momento o Dance, dance, dance, que tem muitas similaridades com o 1Q84...resumindo: sinceramente o filme não merece as criticas negativas que recebeu.
ResponderExcluir(Resposta com quase um ano de atraso, vergonha...) Então, estou cada vez mais querendo ver esse filme, na verdade preciso! Estou lendo o livro nesse momento e estou amando. Do Murakami já li 1Q84 - e confesso que, na época, tive uma certa frustração com o desfecho, mas me reconciliei com a trilogia logo em seguida rsrsrs. Daí li Minha Querida Sputnik e fiquei mais encantada ainda. Quero muito ler Dance, dance, dance.
Excluiracabei de ler o livro. o filme eu vi no canal max da hbo. os dois são bons, recomendados para pessoas sensíveis e contemplativas como eu. a grande maioria vai achar tudo [filme e livro] 'meio parado' ou 'arrastado', mas eu gosto assim. filme de ação me dá sono, livro trepidante me dá tontura. comprei o filme no youtube e estou revendo sem parar, tamanha paixão pelas imagens poderosas de tran anh hung. e o livro é simplesmente obrigatório para quem já foi um adolescente melancólico um dia.
ResponderExcluirPenso EXATAMENTE como você! Pensava que era a única pessoa na face da Terra a dormir em filme de ação hahha. Ainda não vi esse filme, mas olha, já sei que vou amar quando conseguir vê-lo. Ah, neste exato momento estou lendo Norwegian Wood!
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