Lançamentos imperdíveis de abril/maio – parte 2
Alfaguara 26 de maio de 2016 Aline T.K.M. Nenhum comentário
Livros de amor daqueles bem fofos; clássicos – incluindo uma box de Dom Quixote e uma coletânea de todos os contos de Clarice Lispector – e releituras inspiradas neles; o melhor da literatura latino-americana na queridíssima coleção Otra Língua; histórias reais e fictícias que envolvem gastronomia e estilo de vida... Já deu para perceber que os lançamentos de abril e maio estão mais que imperdíveis, eu diria mesmo que são obrigatórios.
Na minha estante, A Caderneta Vermelha já tem lugar especial. Inclusive, postei foto do livro no Insta e adivinhem a surpresa?! O autor – Antoine Laurain, o próprio – me deixou um alô nos comentários! A-M-E-I. Também já garanti os dois últimos títulos da coleção Otra Língua e sei de antemão que vou adorar – assim como adorei todos os livros da coleção que li até o momento.
Agora, na wishlist... Vou dizer que estou querendo vários! Os contos da Clarice, com certeza; mas também fiquei interessada em ler o clássico Almoço Nu, do Burroughs. Também quero ler o livro da Jojo Moyes – acreditam que ainda não li nada da autora?! Em que mundo eu vivo? – e Piquenique na Provence, que parece ser delicioso.
Há uns dias postei a primeira parte dos lançamentos – se vocês não tiveram a chance de conferir, vejam aqui. E agora, conheçam mais lançamentos de abril e maio, e se preparem para ver crescer a wishlist!
SABE AQUELE LIVRO FOFO?!
Caminhando pelas ruas de Paris em uma manhã tranquila, o livreiro Laurent Letellier encontra uma bolsa feminina abandonada. Não há nada em seu interior que indique a quem ela pertence — nenhum documento, endereço, celular ou informações de contato. A bolsa contém, no entanto, uma série de outros objetos. Entre eles, uma curiosa caderneta vermelha repleta de anotações, ideias e pensamentos que revelam a Laurent uma pessoa que ele certamente adoraria conhecer. Decidido a encontrar a dona da bolsa, mas tendo à sua disposição pouquíssimas pistas que possam ajudá-lo, Laurent se vê diante de um dilema: como encontrar uma mulher desconhecida em uma cidade de milhões de habitantes?
Foram poucos os relacionamentos de Chloe até a chegada à universidade. Ela escolheu ingressar na West Virginia e cursar Psicologia pela oportunidade de permanecer perto de Amber, a melhor amiga, e Logan, o fiel escudeiro e amigo desde os tempos de ensino médio. Chloe nunca teve uma boa convivência com a mãe, drogada e desequilibrada.
Mas justamente no primeiro dia de aula, o destino de Chloe começa a ser traçado em outra direção. É quando ela senta ao lado de um típico bad boy tatuado, piercings nos lábios e nas sobrancelhas. O coração bate mais forte, a respiração fica alterada, e a boca seca. Drake Allen é o motivo. Dono de um mustang e vocalista da banda Breaking the Hunger, o rapaz é bastante assediado pelas fãs e não se prende a ninguém.
Drake não resiste à troca de olhares com Chloe; é o início de uma relação com muitos obstáculos, movida por desejo e paixão intensos. Mas Drake se declara num momento em que Chloe, desiludida, resolve ceder aos encantos de Logan, o melhor amigo, que há anos nutre um amor platônico, e que finalmente tem coragem de se declarar. De um lado, Logan, lindo, gentil e carinhoso. De outro, Drake, uma paixão rude e avassaladora. Mas por que será que os caminhos do coração indicam sempre as curvas mais tortuosas? Chloe decide então seguir em frente na busca pela felicidade, mas não contava que o passado voltaria a bater em sua porta.
Clarissa Corrêa, Liliane Prata, Bianca Briones e Leila Rego trazem quatro narrativas deliciosas sobre as conquistas e as desventuras de quatro mulheres que estão em diferentes fases da vida, mas que têm em comum os desafios do dia a dia e a busca pela felicidade. Além disso e em primeiríssima mão, uma história intrigante de Jennifer Brown, escrita especialmente para o público brasileiro e ainda inédita no restante do mundo.
Quem encontra o moleskine é Dash, e os dois começam a se corresponder e trocar sonhos, desafios e desejos no caderninho, que vai se perdendo nos mais diversos lugares de Nova York.
Londres, 1960. Ao acordar em um hospital após um acidente de carro, Jennifer Stirling não consegue se lembrar de nada. De volta a sua casa com o marido, ela tenta, em vão, recuperar a memória da antiga vida. Por mais que todos ao seu redor pareçam atenciosos e amáveis, Jennifer sente que alguma coisa está faltando. É então que ela descobre uma série de cartas de amor escondidas, endereçadas a ela e assinadas apenas por "B", e percebe que não só estava vivendo um romance fora do casamento como também parecia disposta a arriscar tudo para ficar com o amante.
Quatro décadas depois, a jornalista Ellie Haworth encontra uma dessas cartas endereçadas a Jennifer durante uma pesquisa nos arquivos do jornal em que trabalha. Obcecada pela ideia de reunir os protagonistas desse amor proibido – em parte por estar ela mesma envolvida com um homem casado –, Ellie começa a procurar por "B" e nem desconfia que, ao fazer isso, talvez encontre uma solução para os problemas do seu próprio relacionamento.
Com personagens realisticamente complexos e uma trama bem-elaborada, A Última Carta de Amor, primeiro livro de Jojo Moyes publicado pela Intrínseca, entrelaça as histórias de paixão, adultério e perda de Ellie e Jennifer.
CLÁSSICOS E UMA RELEITURA
O protagonista é o junkie William Lee, que viaja por vários lugares — física ou alucinadamente. Construído numa série de vinhetas, que podem ser lidas fora de ordem, o livro se inspira nas experiências inusitadas do próprio Burroughs em lugares como México, Tânger e Estados Unidos, e no seu vício em heroína, morfina e outras drogas.
Uma nova versão para a história de Robinson Crusoé, segundo um dos maiores nomes da literatura de nosso tempo, o prêmio Nobel J. M. Coetzee.
No início do século XVIII, Susan Barton se vê à deriva após o navio em que viajava ser palco de um motim. Ao desembarcar numa ilha, encontra abrigo ao lado de seus únicos habitantes: um homem chamado Cruso e seu escravo Sexta-feira. Um ano depois, eles são resgatados por um navio, mas apenas Susan e Sexta-feira sobrevivem à viagem. Determinada a contar sua história, Susan busca um famoso escritor, Daniel Foe, na esperança de que ele escreva sobre sua experiência na ilha. Traiçoeiro, elegante e inesperadamente lírico, Foe é uma das obras mais complexas na carreira de um mestre absoluto da literatura.
O argentino Ricardo Piglia disse numa entrevista que Clarice Lispector parece uma escritora de outro planeta, no sentido de que não se pode afirmar facilmente que sua literatura é brasileira. Acrescente-se: nem de qualquer outro lugar.
Clarice Lispector é justamente um mundo – ou o mundo. A edição de Todos os Contos, organizada pelo pesquisador e biógrafo Benjamin Moser, reunindo pela primeira vez em um só volume todos os relatos da autora de Laços de Família e Felicidade Clandestina, investe o leitor na qualidade de explorador desse planeta, que é demasiadamente humano. Habitado por bichos, homens e sobretudo mulheres, que se revelam, nas mãos de Clarice, maravilhosos em meio à alegria e ao horror da existência.
Originalmente, a coletânea saiu nos Estados Unidos (The complete stories, New Directions, com premiada tradução de Katrina Dodson), e foi selecionada pelo jornal The New York Times como um dos 100 melhores livros de 2015. São 85 contos; uma das razões para que tal reunião nunca tenha acontecido antes – nem no Brasil – é uma particular história de edição, que registrou variantes dos escritos da autora durante toda sua vida: ela tinha o hábito de reciclar obras antigas e publicá-las em novos formatos. Além disso, o organizador Benjamin Moser optou por montar uma ampla rede: “Clarice Lispector não respeitava os limites entre os gêneros. Muitos de seus textos foram apresentados como jornalismo, mas são claramente ficcionais, ao passo que muitos daqueles que foram publicados como ficção podem ser classificados de ensaios ou relatos memorialísticos”.
Em homenagem aos 400 anos de morte de Miguel de Cervantes, a Nova Fronteira traz ao público esta edição especial, com a obra integral em dois volumes. O texto de Cervantes é acompanhado das belíssimas ilustrações do francês Gustave Doré, um dos mais fantásticos artistas do século XIX.
OTRA LÍNGUA
Nascido em 1929, o peruano Julio Ramón Ribeyro notabilizou-se como mestre do conto e do relato inclassificável, discorrendo com agudo senso de observação e ironia sobre a vida cotidiana, os personagens citadinos e suas próprias obsessões, entre elas o cigarro.
Estas Prosas Apátridas reúnem fragmentos que oscilam entre anotações em um diário, aforismos e o ensaio filosófico, passeando por temas como literatura, infância e velhice, amor e sexo, memória e esquecimento, com sensibilidade, elegância e amargura ímpares. Mais um ícone da literatura latino-americana a chegar às prateleiras brasileiras pela coleção Otra Língua, organizada por Joca Reiners Terron.
Lançamento da prestigiada coleção de literatura latino-americana Otra Língua, A Sinagoga dos Iconoclastas reúne as vidas imaginárias de 36 personagens – teóricos, utopistas, sábios, inventores, dicionaristas, escritores – todos eles abnegados heróis do absurdo que, para justificar o despropósito de suas ações, apoiam-se nas mais sólidas bases da ciência e de disciplinas apresentadas com rigoroso estratagema; ou, ao menos, estão impulsionados pela fé mais abstrata e ingênua.
Nascido em Buenos Aires, filho de pai inglês e mãe descendente de italianos, Wilcock escreveu grande parte de sua obra em italiano, pertencendo à rica tradição dos escritores de dupla nacionalidade literária, como Joseph Conrad, Vladimir Nabokov e Samuel Beckett. Com sua galeria singular de personagens, o autor evoca as famosas Vidas Imaginárias, de Marcel Schwob, entre outras referências, com humor e fúria implacáveis.
COMIDINHAS E HISTÓRIAS
Abraçar a cultura francesa, segundo Elizabeth Bard, é acostumar-se a um cotidiano em que a boa mesa tem importância fundamental. A praticidade típica dos americanos, determinados em se mostrarem “vencedores”, fazendo do sucesso – e de sua exibição – o valor primordial da existência, é rapidamente deixada de lado pela jornalista. Nesse universo menos competitivo, os dias se sucedem lentamente, permitindo que se usufrua de cada novidade, como os pratos típicos da região, cujo preparo é minuciosamente explicado em receitas que encerram cada capítulo.
O projeto de vida à francesa se consolida depois que o marido deixa o cargo de executivo numa companhia cinematográfica para abrir uma sorveteria artesanal – que ganha críticas entusiasmadas de guias turísticos e se torna uma das cinco melhores da França. Piquenique na Provence mostra, entre receitas tentadoras e com um texto inteligente e bem-humorado, a trajetória de uma jornalista norte-americana aprendendo os truques da maternidade francesa, uma família encontrando uma nova paixão profissional e a iniciação de uma cozinheira na culinária clássica da Provence. Uma deliciosa mistura de Comer, Rezar, Amar e Um Ano na Provence, com potencial para se tornar um longseller do catálogo da Rocco como Sob o Sol da Toscana, de Frances Mayes.
Lars Thorvald sempre demonstrou aptidão para a cozinha e paixão pela boa comida, a ponto de querer oferecer à filha recém-nascida, Eva, um cardápio requintado de refeições. Mas é a trajetória de Eva pelos trinta anos seguintes que se desenvolve perante o leitor, sob óticas diferentes. Ainda bebê, ela já havia demonstrado ao pai ser a herdeira de seu raríssimo dom, quando derruba uma prateleira de tomates no mercado, deixando intacto, no entanto, o único exemplar “perfeito” em termos nutricionais e de sabor entre aqueles frutos. Episódios como esse são relatados, ao longo dos capítulos, por diferentes personagens que ajudam a compor, a partir de suas próprias histórias e sua relação com a protagonista, o retrato de Eva Thorvald até se tornar a celebrada chef por trás de jantares disputadíssimos.
Sem render-se aos modismos culinários pós-nouvelle cuisine, os pratos preparados por Eva Thorvald buscam a chamada “confort food”, que recriam o prazer da boa mesa que se conhece na infância – ainda que, em seus primeiros anos, a jovem chef não conte com uma família convencional. Drogas, pobreza e a luta para sobreviver fazem parte de sua história pessoal. Mas ela desde cedo percebe que o alimento é não apenas um item essencial para essa sobrevivência – ele oferece a superação, pelo prazer, de todas as carências pessoais e torna possível reencontrar o aconchego, o carinho e o amor perdidos nos processos de amadurecimento de cada um.
Na minha estante, A Caderneta Vermelha já tem lugar especial. Inclusive, postei foto do livro no Insta e adivinhem a surpresa?! O autor – Antoine Laurain, o próprio – me deixou um alô nos comentários! A-M-E-I. Também já garanti os dois últimos títulos da coleção Otra Língua e sei de antemão que vou adorar – assim como adorei todos os livros da coleção que li até o momento.
Agora, na wishlist... Vou dizer que estou querendo vários! Os contos da Clarice, com certeza; mas também fiquei interessada em ler o clássico Almoço Nu, do Burroughs. Também quero ler o livro da Jojo Moyes – acreditam que ainda não li nada da autora?! Em que mundo eu vivo? – e Piquenique na Provence, que parece ser delicioso.
Há uns dias postei a primeira parte dos lançamentos – se vocês não tiveram a chance de conferir, vejam aqui. E agora, conheçam mais lançamentos de abril e maio, e se preparem para ver crescer a wishlist!
A CADERNETA VERMELHA
Antoine Laurain, ed. Alfaguara
Onde comprar: Livraria da Travessa | Amazon (e-book)
Neste romance encantador, as charmosas ruas de Paris são palco de duas vidas unidas pelo acaso — e por uma caderneta perdida.Antoine Laurain, ed. Alfaguara
Onde comprar: Livraria da Travessa | Amazon (e-book)
Caminhando pelas ruas de Paris em uma manhã tranquila, o livreiro Laurent Letellier encontra uma bolsa feminina abandonada. Não há nada em seu interior que indique a quem ela pertence — nenhum documento, endereço, celular ou informações de contato. A bolsa contém, no entanto, uma série de outros objetos. Entre eles, uma curiosa caderneta vermelha repleta de anotações, ideias e pensamentos que revelam a Laurent uma pessoa que ele certamente adoraria conhecer. Decidido a encontrar a dona da bolsa, mas tendo à sua disposição pouquíssimas pistas que possam ajudá-lo, Laurent se vê diante de um dilema: como encontrar uma mulher desconhecida em uma cidade de milhões de habitantes?
CICATRIZES (Série Torn – Livro 1 | Coleção Curti)
K. A. Robinson, ed. Fábrica231
Onde comprar: Saraiva
Cicatrizes integra a Coleção Curti, dedicada a leitores que não abrem mão de uma boa história romântica com final feliz.K. A. Robinson, ed. Fábrica231
Onde comprar: Saraiva
Foram poucos os relacionamentos de Chloe até a chegada à universidade. Ela escolheu ingressar na West Virginia e cursar Psicologia pela oportunidade de permanecer perto de Amber, a melhor amiga, e Logan, o fiel escudeiro e amigo desde os tempos de ensino médio. Chloe nunca teve uma boa convivência com a mãe, drogada e desequilibrada.
Mas justamente no primeiro dia de aula, o destino de Chloe começa a ser traçado em outra direção. É quando ela senta ao lado de um típico bad boy tatuado, piercings nos lábios e nas sobrancelhas. O coração bate mais forte, a respiração fica alterada, e a boca seca. Drake Allen é o motivo. Dono de um mustang e vocalista da banda Breaking the Hunger, o rapaz é bastante assediado pelas fãs e não se prende a ninguém.
Drake não resiste à troca de olhares com Chloe; é o início de uma relação com muitos obstáculos, movida por desejo e paixão intensos. Mas Drake se declara num momento em que Chloe, desiludida, resolve ceder aos encantos de Logan, o melhor amigo, que há anos nutre um amor platônico, e que finalmente tem coragem de se declarar. De um lado, Logan, lindo, gentil e carinhoso. De outro, Drake, uma paixão rude e avassaladora. Mas por que será que os caminhos do coração indicam sempre as curvas mais tortuosas? Chloe decide então seguir em frente na busca pela felicidade, mas não contava que o passado voltaria a bater em sua porta.
AS FASES DA LUA
Clarissa Corrêa, Liliane Prata, Bianca Briones, Leila Rego, Jennifer Brown, ed. Gutenberg
Onde comprar: Livraria da Travessa
Alice é jovem, tem muitos sonhos e uma vontade crescente de ser independente, até se apaixonar pelo cara mais desejado do momento. Lena é aquele tipo de mulher cheia de amor para dar e que stalkea absolutamente todos os passos de todos os homens por quem se apaixona. Um amor minguante não tem vez na vida de Bruna; noiva do seu melhor amigo da infância, eles se preparam para o casamento e traçam planos para uma inteira vida juntos. Dora é jovem e já é uma médica renomada, segura e decidida, mas seu coração traz uma ferida que não sara, e ela não está disposta a se abrir novamente.Clarissa Corrêa, Liliane Prata, Bianca Briones, Leila Rego, Jennifer Brown, ed. Gutenberg
Onde comprar: Livraria da Travessa
Clarissa Corrêa, Liliane Prata, Bianca Briones e Leila Rego trazem quatro narrativas deliciosas sobre as conquistas e as desventuras de quatro mulheres que estão em diferentes fases da vida, mas que têm em comum os desafios do dia a dia e a busca pela felicidade. Além disso e em primeiríssima mão, uma história intrigante de Jennifer Brown, escrita especialmente para o público brasileiro e ainda inédita no restante do mundo.
O CADERNINHO DE DESAFIOS DE DASH & LILY
David Levithan e Rachel Cohn, ed. Galera Record
Onde comprar: Livraria da Folha
O novo livro de David Levithan e Rachel Cohn, que juntos escreveram Nick e Nora Uma Noite de Amor e Música, acompanha a dupla Lily e Dash. Ela está doida para se apaixonar e, para encontrar o par perfeito, decide criar um caderninho cheio de tarefas e deixá-lo na livraria mais caótica de Manhattan.David Levithan e Rachel Cohn, ed. Galera Record
Onde comprar: Livraria da Folha
Quem encontra o moleskine é Dash, e os dois começam a se corresponder e trocar sonhos, desafios e desejos no caderninho, que vai se perdendo nos mais diversos lugares de Nova York.
Londres, 1960. Ao acordar em um hospital após um acidente de carro, Jennifer Stirling não consegue se lembrar de nada. De volta a sua casa com o marido, ela tenta, em vão, recuperar a memória da antiga vida. Por mais que todos ao seu redor pareçam atenciosos e amáveis, Jennifer sente que alguma coisa está faltando. É então que ela descobre uma série de cartas de amor escondidas, endereçadas a ela e assinadas apenas por "B", e percebe que não só estava vivendo um romance fora do casamento como também parecia disposta a arriscar tudo para ficar com o amante.
Quatro décadas depois, a jornalista Ellie Haworth encontra uma dessas cartas endereçadas a Jennifer durante uma pesquisa nos arquivos do jornal em que trabalha. Obcecada pela ideia de reunir os protagonistas desse amor proibido – em parte por estar ela mesma envolvida com um homem casado –, Ellie começa a procurar por "B" e nem desconfia que, ao fazer isso, talvez encontre uma solução para os problemas do seu próprio relacionamento.
Com personagens realisticamente complexos e uma trama bem-elaborada, A Última Carta de Amor, primeiro livro de Jojo Moyes publicado pela Intrínseca, entrelaça as histórias de paixão, adultério e perda de Ellie e Jennifer.
ALMOÇO NU – EDIÇÃO DEFINITIVA
William S. Burroughs, ed. Companhia das Letras
Onde comprar: Saraiva | Amazon (e-book)
Tida como a obra mais importante de Burroughs, Almoço Nu é uma mistura de delírios sádicos, homossexuais e paranoicos induzidos pelas viagens de heroína. Logo que foi lançado em Paris, em 1959, tornou-se um dos romances mais importantes do século XX. Influência determinante na relação entre arte e obscenidade, a obra redefiniu não apenas a literatura, mas a cultura americana como um todo.William S. Burroughs, ed. Companhia das Letras
Onde comprar: Saraiva | Amazon (e-book)
O protagonista é o junkie William Lee, que viaja por vários lugares — física ou alucinadamente. Construído numa série de vinhetas, que podem ser lidas fora de ordem, o livro se inspira nas experiências inusitadas do próprio Burroughs em lugares como México, Tânger e Estados Unidos, e no seu vício em heroína, morfina e outras drogas.
Uma nova versão para a história de Robinson Crusoé, segundo um dos maiores nomes da literatura de nosso tempo, o prêmio Nobel J. M. Coetzee.
No início do século XVIII, Susan Barton se vê à deriva após o navio em que viajava ser palco de um motim. Ao desembarcar numa ilha, encontra abrigo ao lado de seus únicos habitantes: um homem chamado Cruso e seu escravo Sexta-feira. Um ano depois, eles são resgatados por um navio, mas apenas Susan e Sexta-feira sobrevivem à viagem. Determinada a contar sua história, Susan busca um famoso escritor, Daniel Foe, na esperança de que ele escreva sobre sua experiência na ilha. Traiçoeiro, elegante e inesperadamente lírico, Foe é uma das obras mais complexas na carreira de um mestre absoluto da literatura.
O argentino Ricardo Piglia disse numa entrevista que Clarice Lispector parece uma escritora de outro planeta, no sentido de que não se pode afirmar facilmente que sua literatura é brasileira. Acrescente-se: nem de qualquer outro lugar.
Clarice Lispector é justamente um mundo – ou o mundo. A edição de Todos os Contos, organizada pelo pesquisador e biógrafo Benjamin Moser, reunindo pela primeira vez em um só volume todos os relatos da autora de Laços de Família e Felicidade Clandestina, investe o leitor na qualidade de explorador desse planeta, que é demasiadamente humano. Habitado por bichos, homens e sobretudo mulheres, que se revelam, nas mãos de Clarice, maravilhosos em meio à alegria e ao horror da existência.
Originalmente, a coletânea saiu nos Estados Unidos (The complete stories, New Directions, com premiada tradução de Katrina Dodson), e foi selecionada pelo jornal The New York Times como um dos 100 melhores livros de 2015. São 85 contos; uma das razões para que tal reunião nunca tenha acontecido antes – nem no Brasil – é uma particular história de edição, que registrou variantes dos escritos da autora durante toda sua vida: ela tinha o hábito de reciclar obras antigas e publicá-las em novos formatos. Além disso, o organizador Benjamin Moser optou por montar uma ampla rede: “Clarice Lispector não respeitava os limites entre os gêneros. Muitos de seus textos foram apresentados como jornalismo, mas são claramente ficcionais, ao passo que muitos daqueles que foram publicados como ficção podem ser classificados de ensaios ou relatos memorialísticos”.
DOM QUIXOTE DE LA MANCHA – BOX CAPA DURA
Miguel de Cervantes, ilustrações por Gustave Doré, ed. Nova Fronteira
Onde comprar: Fnac
A história do engenhoso fidalgo Dom Quixote e de seu fiel escudeiro Sancho Pança conquista leitores geração após geração. O clássico de Miguel de Cervantes é considerado o expoente máximo da literatura espanhola e, em 2002, foi eleito por uma comissão de escritores de 54 países o melhor livro de ficção de todos os tempos.Miguel de Cervantes, ilustrações por Gustave Doré, ed. Nova Fronteira
Onde comprar: Fnac
Em homenagem aos 400 anos de morte de Miguel de Cervantes, a Nova Fronteira traz ao público esta edição especial, com a obra integral em dois volumes. O texto de Cervantes é acompanhado das belíssimas ilustrações do francês Gustave Doré, um dos mais fantásticos artistas do século XIX.
Nascido em 1929, o peruano Julio Ramón Ribeyro notabilizou-se como mestre do conto e do relato inclassificável, discorrendo com agudo senso de observação e ironia sobre a vida cotidiana, os personagens citadinos e suas próprias obsessões, entre elas o cigarro.
Estas Prosas Apátridas reúnem fragmentos que oscilam entre anotações em um diário, aforismos e o ensaio filosófico, passeando por temas como literatura, infância e velhice, amor e sexo, memória e esquecimento, com sensibilidade, elegância e amargura ímpares. Mais um ícone da literatura latino-americana a chegar às prateleiras brasileiras pela coleção Otra Língua, organizada por Joca Reiners Terron.
Lançamento da prestigiada coleção de literatura latino-americana Otra Língua, A Sinagoga dos Iconoclastas reúne as vidas imaginárias de 36 personagens – teóricos, utopistas, sábios, inventores, dicionaristas, escritores – todos eles abnegados heróis do absurdo que, para justificar o despropósito de suas ações, apoiam-se nas mais sólidas bases da ciência e de disciplinas apresentadas com rigoroso estratagema; ou, ao menos, estão impulsionados pela fé mais abstrata e ingênua.
Nascido em Buenos Aires, filho de pai inglês e mãe descendente de italianos, Wilcock escreveu grande parte de sua obra em italiano, pertencendo à rica tradição dos escritores de dupla nacionalidade literária, como Joseph Conrad, Vladimir Nabokov e Samuel Beckett. Com sua galeria singular de personagens, o autor evoca as famosas Vidas Imaginárias, de Marcel Schwob, entre outras referências, com humor e fúria implacáveis.
PIQUENIQUE NA PROVENCE – UMA HISTÓRIA DE VIDA COM RECEITAS
Elizabeth Bard, ed. Bicicleta Amarela
Onde comprar: Livraria da Travessa
A escolha de um estilo de vida em que tempo, prazer e tranquilidade substituem prazos apertados, consumismo e estresse está em Piquenique na Provence – Uma história de vida com receitas, da jornalista norte-americana Elizabeth Bard.Elizabeth Bard, ed. Bicicleta Amarela
Onde comprar: Livraria da Travessa
Abraçar a cultura francesa, segundo Elizabeth Bard, é acostumar-se a um cotidiano em que a boa mesa tem importância fundamental. A praticidade típica dos americanos, determinados em se mostrarem “vencedores”, fazendo do sucesso – e de sua exibição – o valor primordial da existência, é rapidamente deixada de lado pela jornalista. Nesse universo menos competitivo, os dias se sucedem lentamente, permitindo que se usufrua de cada novidade, como os pratos típicos da região, cujo preparo é minuciosamente explicado em receitas que encerram cada capítulo.
O projeto de vida à francesa se consolida depois que o marido deixa o cargo de executivo numa companhia cinematográfica para abrir uma sorveteria artesanal – que ganha críticas entusiasmadas de guias turísticos e se torna uma das cinco melhores da França. Piquenique na Provence mostra, entre receitas tentadoras e com um texto inteligente e bem-humorado, a trajetória de uma jornalista norte-americana aprendendo os truques da maternidade francesa, uma família encontrando uma nova paixão profissional e a iniciação de uma cozinheira na culinária clássica da Provence. Uma deliciosa mistura de Comer, Rezar, Amar e Um Ano na Provence, com potencial para se tornar um longseller do catálogo da Rocco como Sob o Sol da Toscana, de Frances Mayes.
O LIVRO DE RECEITAS DE EVA THORVALD
L. S. Hilton, ed. Rocco
Onde comprar: Livraria da Travessa | Amazon (e-book)
O Livro de Receitas de Eva Thorvald acompanha a trajetória de uma celebrada chef de cozinha – da infância conturbada ao estrelato – através de uma narrativa saborosa que entrelaça relatos de diferentes personagens sobre a protagonista e algumas de suas receitas favoritas. Nascido e criado em Minnesota, o autor J. Ryan Stradal mescla a culinária tradicional do meio-oeste norte-americano, herança dos almoços que sua avó preparava, às pesquisas científicas da atualidade sobre produção de alimentos sem o uso de agrotóxicos, para criar uma ficção que entrelaça comida, família e memórias.L. S. Hilton, ed. Rocco
Onde comprar: Livraria da Travessa | Amazon (e-book)
Lars Thorvald sempre demonstrou aptidão para a cozinha e paixão pela boa comida, a ponto de querer oferecer à filha recém-nascida, Eva, um cardápio requintado de refeições. Mas é a trajetória de Eva pelos trinta anos seguintes que se desenvolve perante o leitor, sob óticas diferentes. Ainda bebê, ela já havia demonstrado ao pai ser a herdeira de seu raríssimo dom, quando derruba uma prateleira de tomates no mercado, deixando intacto, no entanto, o único exemplar “perfeito” em termos nutricionais e de sabor entre aqueles frutos. Episódios como esse são relatados, ao longo dos capítulos, por diferentes personagens que ajudam a compor, a partir de suas próprias histórias e sua relação com a protagonista, o retrato de Eva Thorvald até se tornar a celebrada chef por trás de jantares disputadíssimos.
Sem render-se aos modismos culinários pós-nouvelle cuisine, os pratos preparados por Eva Thorvald buscam a chamada “confort food”, que recriam o prazer da boa mesa que se conhece na infância – ainda que, em seus primeiros anos, a jovem chef não conte com uma família convencional. Drogas, pobreza e a luta para sobreviver fazem parte de sua história pessoal. Mas ela desde cedo percebe que o alimento é não apenas um item essencial para essa sobrevivência – ele oferece a superação, pelo prazer, de todas as carências pessoais e torna possível reencontrar o aconchego, o carinho e o amor perdidos nos processos de amadurecimento de cada um.
Aline T.K.M.
Criou o Livro Lab há 12 anos e se dedicar a este projeto é uma das coisas que mais ama fazer, além de estar em contato com os mais variados tipos de expressões artísticas. Tem paixão por cinema, viajar e conhecer outras culturas. Ah, e ama ler em francês!
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