Antes de mais nada, um aviso superimportante: este post vai fazer você repensar a sua lista de top animações preferidas. Duvida? Então, para começar, olha só o trailer de Minha Vida de Abobrinha, animação franco-suíça de Claude Barras, que entra em cartaz agora em fevereiro nos cinemas. E que vai entrar no seu coração também!


Imagina um garotinho de 9 anos com cabelo azul e olhos imensos, que prefere ser chamado de Abobrinha. Imagina também um grupinho de crianças, todas com orelhas e narizes vermelhos, traumas e características bem peculiares. Elas moram no orfanato no qual Icare – ou melhor, Abobrinha – passa a viver após a morte de sua mãe.

Tendo que lidar com a saudade da mãe – negligente e ainda assim amada – e com a ausência do pai, Abobrinha passa a compartilhar os dias com as crianças do orfanato. Lá, ele aprende um montão de coisas sobre amizade, tolerância e respeito, e vai entendendo como lidar com a própria dor.

Minha Vida de Abobrinha é uma fofura, mas não só. Como diz o título do post, tenho certeza que o filme será a animação mais fofa que você viu nos últimos tempos – e também corre sério risco de ser uma das mais lindas da sua vida! Motivos não faltam. Quer ver?

É STOP-MOTION

Fala a verdade, as animações que mais te marcaram pela sensibilidade e pela fofura do visual certamente eram stop-motion. Se não todas, garanto que a maioria. Estou mentindo?

Stop-motion é aquela técnica de animação feita a partir de fotos dispostas em sequência, dando a ideia de movimento. Para isso, é comum o uso de modelos em miniatura ou mesmo bonequinhos de massinha de modelar.

Só para refrescar a memória, alguns exemplos de filmes fofos em stop-motion que eu adoro e aposto que você também: O Estranho Mundo de Jack, Coraline e o Mundo Secreto, A Fuga das Galinhas, A Noiva-Cadáver, e outros mais. Tim Burton é um exemplo de cineasta que ama e usa bastante essa técnica.

VAI CONQUISTAR OS JOVENS E OS ADULTOS...

Apesar de vermos os fatos a partir de uma perspectiva infantil, a temática do filme – madura e bastante dramática – sensibiliza os mais crescidos.

Afinal de contas, a gente vê crianças que foram abandonadas ou que perderam os pais, e essas crianças carregam traumas, algumas ainda esperam o retorno dos familiares, enfim. Mesmo o Abobrinha, que fica órfão logo no comecinho, era negligenciado dentro de casa por uma mãe alcoólatra e depressiva. Ou seja, as pessoas ali – tanto as crianças como os adultos – são tristes e carentes de afeto.

...SEM JAMAIS PERDER A DOÇURA INFANTIL

Apesar de a trama falar sobre abandono e trazer uma essência um pouquinho tristonha, o filme também mostra uma inocência muito bonita nos personagens, o despertar do primeiro amor, união e até esperança.

Além disso, o filme todo é muito colorido e bem bonito, agrada ao olhar. E as crianças! A vontade é de pegar cada uma delas e guardar num potinho, de tão fofas!

É A ADAPTAÇÃO DE UM LIVRO

Minha Vida de Abobrinha é, na verdade, a adaptação do livro Autobiographie d’une Courgette, de Gilles Paris – sem edição brasileira. Aloooou, alguma editora bem que podia publicá-lo por aqui – com capa do filme, óbvio!

AH, A TRILHA SONORA!

Meio alternativa, a trilha desse filme me conquistou totalmente porque – simples assim – tem uma música que eu amo de uma banda que eu amo. "Le Vent Nous Portera" é da banda Noir Désir, mas no filme é interpretada por Sophie Hunger. Olha só:


E tem também "Eisbär", música da banda suíça pós-punk Grauzone, que nasceu e morreu no início dos anos 80. Ela toca em um momento bem legal do filme, quando as crianças vão viajar e estão dançando em uma festinha improvisada.

INDICADO AO OSCAR DE MELHOR ANIMAÇÃO

Por último, mas não menos importante... Minha Vida de Abobrinha está entre os indicados ao prêmio de Melhor Animação no Oscar 2017. Ainda não assisti aos concorrentes, mas posso imaginar que a competição não será fácil – mesmo sendo apaixonada pela Disney, confesso que minha torcida será toda dessa lindeza de filme aqui.

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Minha Vida de Abobrinha (Ma Vie de Courgette) – 66 min.
França / Suíça – 2016
Direção: Claude Barras
Roteiro: Céline Sciamma, Germano Zullo, Claude Barras, Morgan Navarro, Gilles Paris (autor da obra que inspirou o filme)
Elenco (vozes): Gaspard Schlatter, Sixtine Murat, Paulin Jaccoud, Michel Vuillermoz, Adrien Barazzone, Raul Ribera, Estelle Hennard, Elliot Sanchez, Lou Wick

Estreia: 16 de fevereiro