Resenha: Neuromancer (Trilogia do Sprawl #1), de William Gibson
Aleph 26 de dezembro de 2017 Aline T.K.M. 5 comentários
Não gostar de um livro já é, por si só, uma experiência frustrante. Agora, imagina não gostar de um livro que é referência em um gênero do qual você é fã, que foi um divisor de águas, superpremiado e ainda inspirou um filme épico como Matrix.
Estou falando de Neuromancer, um clássico da ficção científica escrito por William Gibson, que é considerado o pai do subgênero cyberpunk. O livro é o primeiro volume da Trilogia do Sprawl, seguido por Count Zero e Mona Lisa Overdrive.
Não curti o livro, não funcionou para mim e ainda me rendeu meio que uma ressaca literária, sabe. Mas, apesar de tudo isso, eu reconheço os grandes méritos da obra. Aí no vídeo, conto mais sobre a trama, sobre o que esse livro representa na ficção científica e, claro, por que eu simplesmente não consegui gostar de Neuromancer...
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Estou falando de Neuromancer, um clássico da ficção científica escrito por William Gibson, que é considerado o pai do subgênero cyberpunk. O livro é o primeiro volume da Trilogia do Sprawl, seguido por Count Zero e Mona Lisa Overdrive.
Não curti o livro, não funcionou para mim e ainda me rendeu meio que uma ressaca literária, sabe. Mas, apesar de tudo isso, eu reconheço os grandes méritos da obra. Aí no vídeo, conto mais sobre a trama, sobre o que esse livro representa na ficção científica e, claro, por que eu simplesmente não consegui gostar de Neuromancer...
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Título: Neuromancer
Título original: Neuromancer
Autor(a): William Gibson
Tradução: Fábio Fernandes
Editora: Aleph
Edição: 2016 (5ª edição)
Ano da obra: 1984
Páginas: 320
Aline T.K.M.
Criou o Livro Lab há 12 anos e se dedicar a este projeto é uma das coisas que mais ama fazer, além de estar em contato com os mais variados tipos de expressões artísticas. Tem paixão por cinema, viajar e conhecer outras culturas. Ah, e ama ler em francês!
5 comentários
Odeio livro com glossário. A ponto de ter abandonado Laranja Mecânica logo no começo. E olha que já assisti o filme várias vezes.
ResponderExcluirDuas perguntas: vc lerá a trilogia? Guardará esse livro por causa da edição ser caprichada mesmo tendo odiado a história ou irá dar de "presente" para alguém ou colocá-lo para troca?
Shadai
Olha, eu não ligo não, desde que ele seja realmente útil, coisa que eu não achei que foi em Neuromancer. Amo Laranja Mecânica e achei que ali sim o vocabulário esquisito fez sentido. Adoro o filme também!
ExcluirEntão, não pretendo ler a trilogia... Sei lá, nunca digo nunca kkkk, mas pelo menos não nos próximos anos. O livro já tem destino de troca, já vou enviar para uma pessoa com quem costumo trocar livros de vez em quando. =) Bjs!
Cara..
ResponderExcluirMuito boa sua avaliação sobre o livro
Quando eu li pela primeira vez, li de novo na sequência, pois acreditei que o autor tentou enriquecer a obra com muitos detalhes que dificultam a compreensão da trama.
Porém pensando no ano de lançamento, no ambiente criado por Gibson, o livro traz uma imersão profunda em um universo totalmente improvável (ainda mais em 1984)
Quando olhamos a capa imaginamos que o livro terá cenas alucinantes e psicodélicas como a capa, talvez tudo isso somado ao fato de ser um livro de referência faz com que haja tal frustração.
Quando li tentei me imaginar sem ter assistido matrix e desconhecendo o referido universo, aí compreendi o motivo do título ser tão aclamado pela crítica, que nem sempre acompanha a opinião do público
Mas gostei muito de sua resenha, parabéns pelo vídeo.
Oi Felix, antes de tudo, muito obrigada pelo comentário! Pois é, apesar de não ter realmente gostado do livro, entendo muito bem a importância dele para o gênero, pensando nisso mesmo que você disse, a época em que foi lançado, o universo criado e toda a visão do autor em relação à tecnologia. O que me frustrou, a bem da verdade, foi a ausência de profundidade em algumas reflexões que o livro sugere (coisa que já tinha encontrado em Philip K. Dick e adorei, e fui esperando algo meio que na mesma linha), talvez uma pegada existencial mais forte, sei lá. Essa resenha é de faz uns anos, talvez hoje eu faria ela de um jeito meio diferente, explicaria melhor os pontos que me desagradaram (sem me preocupar muito com spoilers), enfim. De todas as formas, valeu pelo comentário!
ExcluirEu apenas gostaria de informar que a tradução de Fábio Fernandes que é a única acessível hoje em dia no Brasil conta com alguns erros que alteram em muito o sentido de algumas frases.
ResponderExcluirPor exemplo:
No final do capítulo 20
"Infinite intricacy that only the body […] could ever read."
Na versão do Fábio Fernandes: pg280
"Uma complexidade infinita que somente o corpo, de sua maneira forte e cega JAMAIS poderia ler."
Na primeira tradução no Brasil: pg293
"uma complexidade intrincada que somente o corpo, com os seus processos determinados e cegos, podia ler."