Filme Operação Red Sparrow: apesar das derrapadas, é um thriller e tanto – e JLaw me surpreendeu!
Cinema dos EUA 27 de fevereiro de 2018 Aline T.K.M. Nenhum comentário
Falar sobre Operação Red Sparrow, novo filme de Francis Lawrence que chega aos cinemas esta semana, me obriga a fazer um comentário antecedendo todo o restante da conversa.
É o seguinte: nunca gostei da Jennifer Lawrence, nunca achei nada demais nela. Até que Mãe! me fez prestar mais atenção nela. Tendo isso em consideração, dizer que a atriz me surpreendeu em Operação Red Sparrow tem um peso maior do que parece. E isso, de fato, aconteceu.
Agora vamos lá falar sobre o filme…
É o seguinte: nunca gostei da Jennifer Lawrence, nunca achei nada demais nela. Até que Mãe! me fez prestar mais atenção nela. Tendo isso em consideração, dizer que a atriz me surpreendeu em Operação Red Sparrow tem um peso maior do que parece. E isso, de fato, aconteceu.
Agora vamos lá falar sobre o filme…
Baseado no livro homônimo de Jason Matthews (lançado originalmente no Brasil como Roleta Russa), Operação Red Sparrow traz a história da ex-bailarina Dominika Egorova (Jennifer Lawrence) que, após um incidente que a impede de voltar a dançar no Bolshoi, é levada pelo próprio tio a integrar o árduo treinamento para se tornar uma “sparrow” – espiã do governo russo especialmente treinada para seduzir os inimigos.
Na Rússia governada por Vladimir Putin e motivada pela necessidade de ajudar a mãe, doente e sem recursos, Dominika conclui o treinamento na escola de espionagem e chega a se tornar uma agente de destaque em seu país. Ela precisa lidar com Nate Nash (Joel Edgerton), um agente da CIA de quem precisa tirar informações valiosas e com quem acaba se envolvendo, entrando em um jogo que coloca em risco muitas vidas.
Na Rússia governada por Vladimir Putin e motivada pela necessidade de ajudar a mãe, doente e sem recursos, Dominika conclui o treinamento na escola de espionagem e chega a se tornar uma agente de destaque em seu país. Ela precisa lidar com Nate Nash (Joel Edgerton), um agente da CIA de quem precisa tirar informações valiosas e com quem acaba se envolvendo, entrando em um jogo que coloca em risco muitas vidas.
Repleto de violência (achei bacana), nudez e cenas eróticas (achei um pouco cansativo), o filme tem um roteiro OK e fotografia interessante, especialmente quando os tons frios dominam a tela.
As sequências relativas ao ballet, no início do filme, me pegaram de surpresa e certamente são um ponto altíssimo do filme. O próprio fato de colocar o ballet e a espionagem – e toda a violência que vem junto – lado a lado acaba sendo muito interessante.
As sequências relativas ao ballet, no início do filme, me pegaram de surpresa e certamente são um ponto altíssimo do filme. O próprio fato de colocar o ballet e a espionagem – e toda a violência que vem junto – lado a lado acaba sendo muito interessante.
Uma visão superficial diria que a delicadeza do ballet contrasta com o rumo tomado pela protagonista. No entanto, o ballet apenas parece delicado; na realidade, é um universo que envolve foco, competição árdua e cruel, dor, resistência física e psicológica. Lembro de já ter ouvido um par de vezes que, no palco, a bailarina faz o público acreditar na facilidade e graciosidade de seus movimentos, em vez de mostrar todo o esforço por trás deles. Não seria quase o dever de uma “sparrow”, o de utilizar de seus movimentos e do deleite como maneira de ocultar o que está por trás, ou seja, suas verdadeiras intenções?
Abri o post falando sobre minha antipatia inicial por JLaw e confessando que, sim, ela me surpreendeu na pele de Dominika Egorova. Desde o sotaque até as cenas de tortura e desespero extremo, a atriz segura a personagem e não deixa a desejar.
Entretanto, o filme tem lá um e outro ponto que alimentam a discórdia nessas nossas cabecinhas. Um deles é o fato de ser extremamente longo – são 2h20 de projeção e, sério, não precisava disso tudo. As cenas eróticas que, de tão frequentes, acabam caindo na mesmice, são outro ponto. Aliás, não sei se o problema foi exclusivamente meu, mas o envolvimento entre Dominika e Nate não me convenceu, foi tudo menos envolvente.
Os personagens psicologicamente pouco trabalhados e o clichê “estou me sacrificando para salvar um parente doente” também me incomodaram um pouco.
Os personagens psicologicamente pouco trabalhados e o clichê “estou me sacrificando para salvar um parente doente” também me incomodaram um pouco.
Mas quero frisar que, apesar dessas derrapadas, Operação Red Sparrow é um ótimo thriller e a surpresa positiva certamente foi maior do que os problemas. Só fiquem atentos que as cenas de violência exigem um certo estômago para os mais sensíveis.
Em tempo: mesmo que pequena, a participação da atriz Charlotte Rampling também contribui para enriquecer o longa. Ah, e só para finalizar com um gostinho de “preciso muito ver este filme”… o final chega a surpreender e fecha a história de um jeito bem digno – bati palmas mentais!
Em tempo: mesmo que pequena, a participação da atriz Charlotte Rampling também contribui para enriquecer o longa. Ah, e só para finalizar com um gostinho de “preciso muito ver este filme”… o final chega a surpreender e fecha a história de um jeito bem digno – bati palmas mentais!
TRAILER E FICHA TÉCNICA
Operação Red Sparrow (Red Sparrow) – 140 min.
EUA – 2018
Direção: Francis Lawrence
Roteiro: Justin Haythe, baseado no livro de Jason Matthews
Elenco: Jennifer Lawrence, Joel Edgerton, Matthias Schoenaerts, Charlotte Rampling, Mary-Louise Parker, Ciarán Hinds, Joely Richardson, Bill Camp, Jeremy Irons, Thekla Reuten, Douglas Hodge
Estreia: 1 de março
Aline T.K.M.
Criou o Livro Lab há 12 anos e se dedicar a este projeto é uma das coisas que mais ama fazer, além de estar em contato com os mais variados tipos de expressões artísticas. Tem paixão por cinema, viajar e conhecer outras culturas. Ah, e ama ler em francês!
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