17 livros sobre as guerras pelo olhar de crianças e jovens
Autobiografia 25 de novembro de 2018 Aline T.K.M. Nenhum comentário
Diante da tragédia, das injustiças e do alto preço que os inocentes pagam durante as guerras e diferentes conflitos mundo afora, as crianças oferecem um olhar puro e, por isso mesmo, um registro mais honesto dos acontecimentos. Os livros que trazem uma perspectiva juvenil são sempre especiais e marcados por uma visão “menos contaminada” de toda a situação.
Pensando na literatura das últimas décadas, não tem como não evocar A Menina que Roubava Livros, do Markus Zusak. Sucesso de crítica e amado pelos leitores, o livro mostra a perspectiva de uma garota que vai morar com pais adotivos em meio à Segunda Guerra. E aproveitando que a Intrínseca vai trazer o novo livro do autor, intitulado O Construtor de Pontes, na caixinha do Intrínsecos de dezembro, resolvi pegar carona na temática do aclamado A Menina que Roubava Livros para indicar outros livros semelhantes.
A seguir, 17 livros que retratam as guerras através dos olhos de crianças e adolescentes. Do célebre A Menina que Roubava Livros ao essencial O Diário de Anne Frank, a seleção inclui diários, relatos e romances históricos que abordam principalmente a Segunda Guerra e a guerra na Síria, passando também pelo conflito entre Israel e Palestina, entre outros.
Com tantos títulos, é só se jogar nas dicas de leitura! Escolhe o seu e bora ler!
Pensando na literatura das últimas décadas, não tem como não evocar A Menina que Roubava Livros, do Markus Zusak. Sucesso de crítica e amado pelos leitores, o livro mostra a perspectiva de uma garota que vai morar com pais adotivos em meio à Segunda Guerra. E aproveitando que a Intrínseca vai trazer o novo livro do autor, intitulado O Construtor de Pontes, na caixinha do Intrínsecos de dezembro, resolvi pegar carona na temática do aclamado A Menina que Roubava Livros para indicar outros livros semelhantes.
A seguir, 17 livros que retratam as guerras através dos olhos de crianças e adolescentes. Do célebre A Menina que Roubava Livros ao essencial O Diário de Anne Frank, a seleção inclui diários, relatos e romances históricos que abordam principalmente a Segunda Guerra e a guerra na Síria, passando também pelo conflito entre Israel e Palestina, entre outros.
Com tantos títulos, é só se jogar nas dicas de leitura! Escolhe o seu e bora ler!
A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS, de Markus Zusak, ed. Intrínseca | COMPRAR O LIVRO
A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, a Morte, que rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. A mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler.
Com medo e assombrada por pesadelos, Liesel recebe lições de leitura de seu pai adotivo. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade.
A vida ao redor é a pseudorrealidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Enquanto teme os colaboradores do Terceiro Reich na vizinhança e faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista, a garota ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais.
Com medo e assombrada por pesadelos, Liesel recebe lições de leitura de seu pai adotivo. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade.
A vida ao redor é a pseudorrealidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Enquanto teme os colaboradores do Terceiro Reich na vizinhança e faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista, a garota ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais.
QUERIDO MUNDO: A HISTÓRIA DE GUERRA DE UMA MENINA SÍRIA E SUA BUSCA PELA PAZ, de Bana Alabed, ed. BestSeller | COMPRAR O LIVRO
Aos 3 anos de idade, Bana Alabed tinha uma infância feliz que foi interrompida abruptamente por uma guerra civil. Durante os quatro anos seguintes, Bana viveu em meio a bombardeios, destruição e medo. Sua provação angustiante culminou em um cerco brutal em que ela, seus pais e os dois irmãos mais novos ficaram presos em Alepo, com pouco acesso a comida, água, medicamentos e outras necessidades básicas. Com o potencial revolucionário da Internet, Bana usou o Twitter para pedir paz e mobilizar pessoas ao redor do mundo pelo mesmo intuito.
Contendo palavras da própria Bana e cartas comoventes de sua mãe, Fatemah, Querido Mundo não é apenas um relato envolvente de uma família ameaçada pela guerra ― o livro oferece, também, uma perspectiva única sobre uma das maiores crises humanitárias da história, vista pelos olhos de uma criança. Bana perdeu sua melhor amiga, a escola onde estudava e seu lar. Mas não perdeu a esperança ― com relação a si mesma e às outras crianças ao redor do mundo, vítimas e refugiadas de guerra que são dignas de vidas melhores.
Contendo palavras da própria Bana e cartas comoventes de sua mãe, Fatemah, Querido Mundo não é apenas um relato envolvente de uma família ameaçada pela guerra ― o livro oferece, também, uma perspectiva única sobre uma das maiores crises humanitárias da história, vista pelos olhos de uma criança. Bana perdeu sua melhor amiga, a escola onde estudava e seu lar. Mas não perdeu a esperança ― com relação a si mesma e às outras crianças ao redor do mundo, vítimas e refugiadas de guerra que são dignas de vidas melhores.
O DIÁRIO DE MYRIAM, de Myriam Rawick, ed. DarkSide Books | COMPRAR O LIVRO
Um registro comovente e verdadeiro sobre a Guerra Civil Síria, através dos olhos de uma menina. Escrito em colaboração com o jornalista francês Philippe Lobjois, que trabalhou ao lado de Myriam para enriquecer as memórias que ela coletou em seu diário, o livro descortina o cotidiano de uma comunidade de minoria cristã que sofre com o conflito, sob a perspectiva de uma menina que teve sua infância roubada ao crescer rodeada pelo sofrimento provocado pela guerra iniciada em 2011, na Síria.
Escrito entre novembro de 2011 e dezembro de 2016, o diário alterna entre as doces memórias do passado na cidade de Alepo e os dias doloridos e carregados de incertezas. E é com a sensibilidade de uma autêntica contadora de histórias que ela narra a preocupação crescente de seus pais com as notícias na tevê, as pinturas revolucionárias nos muros da escola, as manifestações contra o governo, a repressão, o sequestro de seu primo e, por fim, os bombardeios que destroem tudo aquilo que ela conhecia.
A Guerra da Síria deixou mais de 400 mil mortos e transformou 5 milhões de pessoas em refugiadas ao longo dos últimos sete anos, impulsionando o maior deslocamento de pessoas no mundo após a Segunda Guerra Mundial. Myriam é apenas uma entre milhões de vozes que sofrem diariamente, mas suas palavras conseguem falar por muitas delas.
Escrito entre novembro de 2011 e dezembro de 2016, o diário alterna entre as doces memórias do passado na cidade de Alepo e os dias doloridos e carregados de incertezas. E é com a sensibilidade de uma autêntica contadora de histórias que ela narra a preocupação crescente de seus pais com as notícias na tevê, as pinturas revolucionárias nos muros da escola, as manifestações contra o governo, a repressão, o sequestro de seu primo e, por fim, os bombardeios que destroem tudo aquilo que ela conhecia.
A Guerra da Síria deixou mais de 400 mil mortos e transformou 5 milhões de pessoas em refugiadas ao longo dos últimos sete anos, impulsionando o maior deslocamento de pessoas no mundo após a Segunda Guerra Mundial. Myriam é apenas uma entre milhões de vozes que sofrem diariamente, mas suas palavras conseguem falar por muitas delas.
OS MENINOS QUE ENGANAVAM NAZISTAS, de Joseph Joffo, ed. Vestígio | COMPRAR O LIVRO
Paris, 1941. O país é ocupado pelo exército nazista e o medo invade as casas e as ruas na França, onde o poder de Hitler se mostra absoluto e brutal. Irmãos judeus de 10 e 12 anos de idade, Joseph e Maurice perambulam sozinhos pelas estradas, vivendo experiências surpreendentes e tentando escapar da morte, em busca da zona livre para ganhar a liberdade.
Essa é uma história real e autobiográfica, cuja espontaneidade, ternura e humor comprovam o triunfo da humanidade e da empatia nos momentos mais sombrios, quando o perigo está sempre à espreita. Os Meninos que Enganavam Nazistas conta a fantástica e emocionante epopeia de duas crianças judias durante a ocupação, narrada por Joseph, o mais jovem deles.
Essa é uma história real e autobiográfica, cuja espontaneidade, ternura e humor comprovam o triunfo da humanidade e da empatia nos momentos mais sombrios, quando o perigo está sempre à espreita. Os Meninos que Enganavam Nazistas conta a fantástica e emocionante epopeia de duas crianças judias durante a ocupação, narrada por Joseph, o mais jovem deles.
FILHOS DE NAZISTAS: OS IMPRESSIONANTES RETRATOS DE FAMÍLIA DA ELITE DO NAZISMO, de Tania Crasnianski, ed. Vestígio | COMPRAR O LIVRO
Até 1945, seus pais eram considerados heróis. Depois da derrota alemã, ficou claro que eram carrascos. Gudrun, Edda, Niklas e os outros retratados neste livro são os filhos de Himmler, Göring, Hess, Frank, Bormann, Höss, Speer e Mengele, alguns dos principais responsáveis pelo horror nazista.
Crianças ou adolescentes durante a guerra, eles a viveram sob a proteção de seus pais afetuosos e poderosos. Para eles, a queda do Reich foi um verdadeiro choque de realidade. Inocentes e inconscientes dos crimes de seus pais, descobriram então toda a sua extensão. Alguns julgaram e condenaram. Outros continuaram reverenciando esses homens execrados por toda a humanidade.
Filhos de Nazistas retrata a ascensão e o cotidiano, ao mesmo tempo extraordinário e banal, desses altos funcionários que realizavam diariamente seu trabalho de morte – e depois conviviam com suas famílias, instaladas por vezes ao lado dos campos de concentração e extermínio – e descreve as existências singulares de seus filhos ao se tornarem adultos: a queda, a miséria, a vergonha ou o isolamento. Que laços eles mantiveram com seus pais? Como viver com um nome amaldiçoado pela História? Em que medida a responsabilidade pelos crimes é transmitida aos descendentes?
Crianças ou adolescentes durante a guerra, eles a viveram sob a proteção de seus pais afetuosos e poderosos. Para eles, a queda do Reich foi um verdadeiro choque de realidade. Inocentes e inconscientes dos crimes de seus pais, descobriram então toda a sua extensão. Alguns julgaram e condenaram. Outros continuaram reverenciando esses homens execrados por toda a humanidade.
Filhos de Nazistas retrata a ascensão e o cotidiano, ao mesmo tempo extraordinário e banal, desses altos funcionários que realizavam diariamente seu trabalho de morte – e depois conviviam com suas famílias, instaladas por vezes ao lado dos campos de concentração e extermínio – e descreve as existências singulares de seus filhos ao se tornarem adultos: a queda, a miséria, a vergonha ou o isolamento. Que laços eles mantiveram com seus pais? Como viver com um nome amaldiçoado pela História? Em que medida a responsabilidade pelos crimes é transmitida aos descendentes?
AS ÚLTIMAS TESTEMUNHAS: CRIANÇAS NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, de Svetlana Aleksiévitch, ed. Companhia das Letras | COMPRAR O LIVRO
A Segunda Guerra Mundial matou quase 13 milhões de crianças e, em 1945, apenas na Bielorrússia, havia cerca de 27 mil delas em orfanatos, resultado da devastação tremenda causada pelo conflito no país. Entre 1978 e 2004, a jornalista Svetlana Aleksiévitch entrevistou uma centena desses sobreviventes e, a partir de seus testemunhos, criou uma narrativa estupenda e brutal de uma das maiores tragédias da história.
Diante da experiência dessas crianças se revela uma dimensão pavorosa do que é viver num tempo de terror constante, cercado de morte, fome, desamparo, frio e todo tipo de sofrimento. E o que resta da infância em uma realidade em que nada é poupado aos pequenos?
Neste retrato pessoal e inédito sobre essas jovens testemunhas, a autora realizou uma obra-prima literária a partir das próprias vozes de seus protagonistas, que emprestaram suas palavras para construir uma história oral da Segunda Guerra.
Diante da experiência dessas crianças se revela uma dimensão pavorosa do que é viver num tempo de terror constante, cercado de morte, fome, desamparo, frio e todo tipo de sofrimento. E o que resta da infância em uma realidade em que nada é poupado aos pequenos?
Neste retrato pessoal e inédito sobre essas jovens testemunhas, a autora realizou uma obra-prima literária a partir das próprias vozes de seus protagonistas, que emprestaram suas palavras para construir uma história oral da Segunda Guerra.
MEMÓRIAS DE UM ADOLESCENTE BRASILEIRO NA ALEMANHA NAZISTA, de Elisabeth Loibl, ed. Melhoramentos | COMPRAR O LIVRO
Depois da Primeira Guerra Mundial, a família Loibl deixou a Alemanha, devastada pela guerra, e veio para o Brasil. Em 1938 os Loibl resolveram retornar ao seu país, encantados com as promessas do partido de Hitler, que chegara ao poder. Entretanto, não poderiam jamais imaginar as agruras que sofreriam em seu país de origem.
Rudolf, o filho nascido no Brasil, sofria constantes agressões na escola, por ser considerado inimigo do Estado alemão. Não havia trabalho, uma hiperinflação afetava o comércio, e o clima era de medo e constante opressão. Durante a guerra foram poupados muitas vezes, mas não ficaram imunes aos bombardeios, à intransigência, ao preconceito, à fome e às irreparáveis perdas de amigos e parentes.
No entanto, Rudolf sobreviveu e, já adulto, narrou a saga da família à escritora Elisabeth Loibl, sua irmã, nascida na Alemanha durante a guerra.
Rudolf, o filho nascido no Brasil, sofria constantes agressões na escola, por ser considerado inimigo do Estado alemão. Não havia trabalho, uma hiperinflação afetava o comércio, e o clima era de medo e constante opressão. Durante a guerra foram poupados muitas vezes, mas não ficaram imunes aos bombardeios, à intransigência, ao preconceito, à fome e às irreparáveis perdas de amigos e parentes.
No entanto, Rudolf sobreviveu e, já adulto, narrou a saga da família à escritora Elisabeth Loibl, sua irmã, nascida na Alemanha durante a guerra.
A GUERRA QUE SALVOU A MINHA VIDA, de Kimberly Bradley, ed. DarkSide Books | COMPRAR O LIVRO
Ada tem dez anos (ao menos é o que ela acha). A menina nunca saiu de casa, para não envergonhar a mãe na frente dos outros. Da janela, vê o irmão brincar, correr, pular – coisas que qualquer criança sabe fazer. Qualquer criança que não tenha nascido com um “pé torto” como o seu. Trancada num apartamento, Ada cuida da casa e do irmão sozinha, além de ter que escapar dos maus-tratos diários que sofre da mãe. Ainda bem que há uma guerra se aproximando. Os possíveis bombardeios de Hitler são a oportunidade perfeita para Ada e o caçula Jamie deixarem Londres e partirem para o interior, em busca de uma vida melhor.
A Guerra que Salvou a Minha Vida apresenta a Segunda Guerra Mundial vista pelos olhos de uma menina que se transforma em refugiada no seu próprio país. Uma obra sobre as muitas batalhas que precisamos vencer para conquistar nosso lugar no mundo. O livro foi vencedor do Newbery Honor Award, primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times e adotado em diversas escolas nos Estados Unidos.
A Guerra que Salvou a Minha Vida apresenta a Segunda Guerra Mundial vista pelos olhos de uma menina que se transforma em refugiada no seu próprio país. Uma obra sobre as muitas batalhas que precisamos vencer para conquistar nosso lugar no mundo. O livro foi vencedor do Newbery Honor Award, primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times e adotado em diversas escolas nos Estados Unidos.
A GUERRA QUE ME ENSINOU A VIVER, de Kimberly Bradley, ed. DarkSide Books | COMPRAR O LIVRO
A emocionante continuação de A Guerra que Salvou a Minha Vida. Após uma infância de maus-tratos, Ada finalmente recebe o cuidado que merece ao ter seu pé operado. Enquanto tenta se ajustar à sua nova realidade e superar os traumas do passado, ela se muda com Jamie, lady Thorton e Susan — agora sua guardiã legal — para um chalé em busca de um recomeço. Com a guerra se intensificando lá fora, as adversidades batem à porta: o racionamento de alimentos é uma preocupante realidade, e os sacrifícios que todos devem fazer em nome do confronto partem corações e deixam cicatrizes. Outra questão é a chegada de Ruth, uma garota judia e alemã, que gera uma comoção no chalé. Seria ela uma espiã disfarçada? Ou uma aliada em meio à calamidade?
Mais uma vez, Kimberly Brubaker Bradley conquista com sua narrativa carregada de sensibilidade. Seu registro historicamente preciso revela o conflito armado pela perspectiva de uma criança, além de lançar luz sobre a atual crise de refugiados, a maior desde a guerra de Hitler, que já obrigou milhões de pessoas a deixarem seus lares em busca de paz.
Uma história sobre amadurecimento e aceitação — principalmente para Ada, que precisa aprender a acreditar. Acreditar em sua família e em si mesma. Na resiliência que vem da dor. Na superação que vem do medo. Na empatia, que reacende a humanidade. E no amor, é claro.
Mais uma vez, Kimberly Brubaker Bradley conquista com sua narrativa carregada de sensibilidade. Seu registro historicamente preciso revela o conflito armado pela perspectiva de uma criança, além de lançar luz sobre a atual crise de refugiados, a maior desde a guerra de Hitler, que já obrigou milhões de pessoas a deixarem seus lares em busca de paz.
Uma história sobre amadurecimento e aceitação — principalmente para Ada, que precisa aprender a acreditar. Acreditar em sua família e em si mesma. Na resiliência que vem da dor. Na superação que vem do medo. Na empatia, que reacende a humanidade. E no amor, é claro.
MAX, de Sarah Cohen-Scali, ed. Jangada | COMPRAR O LIVRO
Max é o protótipo perfeito do programa Lebensborn, iniciado por Himmler, o comandante supremo da temível SS nazista. Mulheres selecionadas dão à luz os primeiros representantes puros da raça ariana.
Max é um bebê criado para ser o primogênito dessa nova geração. Ele cresce sem mãe e sem nenhum sentimento, até ser levado aos seis anos para uma “escola” onde crianças polonesas passaram pelo filtro racial da SS. Ali ele conhece e faz amizade com Lukas, um judeu polonês, mas com todas as características físicas de um ariano. Neste momento, as crenças nazistas de Max começam a desmoronar e ele passará a ver o mundo de uma forma diferente, até o final apocalíptico da Segunda Guerra Mundial.
Max é um bebê criado para ser o primogênito dessa nova geração. Ele cresce sem mãe e sem nenhum sentimento, até ser levado aos seis anos para uma “escola” onde crianças polonesas passaram pelo filtro racial da SS. Ali ele conhece e faz amizade com Lukas, um judeu polonês, mas com todas as características físicas de um ariano. Neste momento, as crenças nazistas de Max começam a desmoronar e ele passará a ver o mundo de uma forma diferente, até o final apocalíptico da Segunda Guerra Mundial.
AS CRIANÇAS ESQUECIDAS DE HITLER: A VERDADEIRA HISTÓRIA DO PROGRAMA LEBENSBORN, de Ingrid von Oelhafen e Tim Tate, ed. Contexto | COMPRAR O LIVRO
O programa Lebensborn, criado por Heinrich Himmler, foi responsável pelo rapto de nada menos que meio milhão de crianças por toda a Europa. Esperava-se que, depois de passar por um processo de “germanização”, elas se tornassem a próxima geração da “raça superior” ariana na segunda fase da Solução Final.
No verão de 1942, pais de toda a ex-Iugoslávia, na época ocupada pelos nazistas, foram obrigados a submeter os filhos a exames médicos para avaliar sua pureza racial. Uma dessas crianças, Erika Matko, tinha nove meses quando os médicos a declararam apta a se tornar uma “criança de Hitler”. Levada para a Alemanha e entregue a pais de criação que já haviam passado pelo crivo nazista, Erika recebeu o nome de Ingrid von Oelhafen. Muitos anos depois, Ingrid começou a descobrir sua verdadeira identidade. Embora os nazistas tenham destruído muitos registros de Lebensborn, Ingrid encontrou documentos raros, incluindo os depoimentos do julgamento de Nuremberg sobre sua própria captura.
Rastreando pistas até seu local de nascimento, Ingrid descobriu um segredo ainda mais surpreendente: uma mulher chamada Erika Matko, que havia sido entregue para a mãe de Ingrid como uma espécie de “bebê substituta”. As Crianças Esquecidas de Hitler é tanto um relato pessoal angustiante quanto uma investigação devastadora sobre os crimes terríveis e o alcance monstruoso do programa Lebensborn.
No verão de 1942, pais de toda a ex-Iugoslávia, na época ocupada pelos nazistas, foram obrigados a submeter os filhos a exames médicos para avaliar sua pureza racial. Uma dessas crianças, Erika Matko, tinha nove meses quando os médicos a declararam apta a se tornar uma “criança de Hitler”. Levada para a Alemanha e entregue a pais de criação que já haviam passado pelo crivo nazista, Erika recebeu o nome de Ingrid von Oelhafen. Muitos anos depois, Ingrid começou a descobrir sua verdadeira identidade. Embora os nazistas tenham destruído muitos registros de Lebensborn, Ingrid encontrou documentos raros, incluindo os depoimentos do julgamento de Nuremberg sobre sua própria captura.
Rastreando pistas até seu local de nascimento, Ingrid descobriu um segredo ainda mais surpreendente: uma mulher chamada Erika Matko, que havia sido entregue para a mãe de Ingrid como uma espécie de “bebê substituta”. As Crianças Esquecidas de Hitler é tanto um relato pessoal angustiante quanto uma investigação devastadora sobre os crimes terríveis e o alcance monstruoso do programa Lebensborn.
UMA GARRAFA NO MAR DE GAZA, de Valérie Zenatti, ed. Seguinte | COMPRAR O LIVRO
Um homem-bomba se explodiu dentro de um café em Jerusalém. Seis corpos foram encontrados. Depois de ouvir o estrondo de dentro da própria casa, Tal escuta as conversas ao redor, vê as imagens do desastre na TV e se pergunta sobre as mortes e todas as famílias que sofreram com tantos atentados que parecem não ter fim.
Cheia de perguntas na cabeça, Tal começa a escrever... E então, numa aula de biologia qualquer, a menina percebe que aquilo que era só um desabafo na verdade deveria ser uma carta – com suas perguntas, seus anseios e sua história –, escrita especialmente para alguém da faixa de Gaza, de preferência do sexo feminino e que também tivesse dezessete anos.
Assim, Tal coloca todos os seus pensamentos em uma garrafa e pede ao irmão, que prestava o serviço militar perto de Gaza, para lançá-la ao mar naquela região. E quem estava do lado de lá para recebê-la era não uma jovem de “longos cabelos escuros”, mas um certo Gazaman, um garoto que teimava em revelar a sua identidade porque, ao contrário dela, já não acreditava numa solução possível em terras em que “uma explosão significa necessariamente um atentado”. Mas aos poucos aquilo que era raiva, amargura e descrença vai se transformando em amizade e alguma remota esperança de que, algum dia, mais cartas e e-mails sejam trocados e conversas francas como a deles possam trazer a paz para mais perto dos palestinos e israelenses.
Cheia de perguntas na cabeça, Tal começa a escrever... E então, numa aula de biologia qualquer, a menina percebe que aquilo que era só um desabafo na verdade deveria ser uma carta – com suas perguntas, seus anseios e sua história –, escrita especialmente para alguém da faixa de Gaza, de preferência do sexo feminino e que também tivesse dezessete anos.
Assim, Tal coloca todos os seus pensamentos em uma garrafa e pede ao irmão, que prestava o serviço militar perto de Gaza, para lançá-la ao mar naquela região. E quem estava do lado de lá para recebê-la era não uma jovem de “longos cabelos escuros”, mas um certo Gazaman, um garoto que teimava em revelar a sua identidade porque, ao contrário dela, já não acreditava numa solução possível em terras em que “uma explosão significa necessariamente um atentado”. Mas aos poucos aquilo que era raiva, amargura e descrença vai se transformando em amizade e alguma remota esperança de que, algum dia, mais cartas e e-mails sejam trocados e conversas francas como a deles possam trazer a paz para mais perto dos palestinos e israelenses.
VOZES ROUBADAS, de vários autores, com organização de Zlata Filipovic e Melanie Challenger, ed. Seguinte | COMPRAR O LIVRO
Em Vozes Roubadas, Zlata Filipovic e Melanie Challenger resgataram catorze diários de conflitos, todos escritos por crianças ou jovens, da Primeira Guerra Mundial à mais recente invasão do Iraque, passando pelo Vietnã, pela Intifada e por diversos momentos da Segunda Guerra Mundial. É o caso da jovem russa, que ingressa no front em 1940 atrás de um grande amor. Ou do rapaz nipo-americano, colocado com a família num campo de concentração em pleno Estados Unidos, para depois se alistar no Exército americano e ainda assim defender os aliados. Ou da menina de Cingapura, que narra as agruras de sua vida numa prisão japonesa.
Esses diversos pontos de vista compõem um rico mosaico dos conflitos que abalaram o século XX e o XXI. No Oriente Médio, por exemplo, acompanhamos tanto o dia a dia de uma garota palestina durante a ocupação como o de uma jovem judia, vivendo sob o pavor dos ataques terroristas. Sem se ater a lados políticos ou visões específicas, Zlata e Challenger dão voz àqueles que a guerra procurou, direta e indiretamente, calar.
Esses diversos pontos de vista compõem um rico mosaico dos conflitos que abalaram o século XX e o XXI. No Oriente Médio, por exemplo, acompanhamos tanto o dia a dia de uma garota palestina durante a ocupação como o de uma jovem judia, vivendo sob o pavor dos ataques terroristas. Sem se ater a lados políticos ou visões específicas, Zlata e Challenger dão voz àqueles que a guerra procurou, direta e indiretamente, calar.
O ANJO DE HITLER, de William Osborne, ed. Seguinte | COMPRAR O LIVRO
Leni tem catorze anos, é austríaca, judia e muito corajosa. Refugiada na Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial, certo dia é convocada pelo almirante MacPherson para a missão mais perigosa de sua vida...
Otto é alto, bem magro, tem olhos castanhos e vive na Inglaterra – sua família foi aprisionada pelos nazistas. Ele adora se meter em confusão e é por isso que, quando o almirante sugere que ele ajude o governo inglês numa missão ultrassecreta, ele aceita na hora.
Otto e Leni são enviados à Alemanha para resgatar uma garotinha chamada Angelika. Pouco se sabe sobre essa pequena órfã misteriosa em quem a Inglaterra tanto aposta como a arma secreta que colocará o ponto final naquela guerra sangrenta. Leni, Otto e Angelika enfrentam grandes desafios, descobrem segredos importantíssimos e acabam mudando os rumos deste episódio tão marcante para a história.
Otto é alto, bem magro, tem olhos castanhos e vive na Inglaterra – sua família foi aprisionada pelos nazistas. Ele adora se meter em confusão e é por isso que, quando o almirante sugere que ele ajude o governo inglês numa missão ultrassecreta, ele aceita na hora.
Otto e Leni são enviados à Alemanha para resgatar uma garotinha chamada Angelika. Pouco se sabe sobre essa pequena órfã misteriosa em quem a Inglaterra tanto aposta como a arma secreta que colocará o ponto final naquela guerra sangrenta. Leni, Otto e Angelika enfrentam grandes desafios, descobrem segredos importantíssimos e acabam mudando os rumos deste episódio tão marcante para a história.
O MENINO DOS FANTOCHES DE VARSÓVIA, de Eva Weaver, ed. Novo Conceito | COMPRAR O LIVRO
Até onde você iria em nome da sobrevivência? Mesmo diante de uma vida extremamente difícil, há esperança. E às vezes essa esperança vem na forma de um garotinho, armado com uma trupe de fantoches – um príncipe, uma menina, um bobo da corte, um crocodilo... O avô de Mika morreu no Gueto de Varsóvia, e o menino herdou não apenas o seu grande casaco, mas também um tesouro cheio de segredos. Em um bolso meio escondido, ele encontra uma cabeça de papel machê, um retalho... o príncipe. E um teatro de fantoches seria uma maneira incrível de alegrar o primo que acabou de perder o pai, o menininho que mora no quartinho apertado. Logo o gueto inteiro só fala do menino dos fantoches – até chegar o dia em que Mika é parado por um oficial alemão e empurrado para uma vida obscura.
Esta é uma história sobre sobrevivência. Uma jornada épica, que atravessa continentes e gerações, de Varsóvia à Sibéria, e duas vidas que se entrelaçam em meio ao caos da guerra. Porque mesmo em tempo de guerra existe esperança.
Esta é uma história sobre sobrevivência. Uma jornada épica, que atravessa continentes e gerações, de Varsóvia à Sibéria, e duas vidas que se entrelaçam em meio ao caos da guerra. Porque mesmo em tempo de guerra existe esperança.
O MENINO DO PIJAMA LISTRADO, de John Boyne, ed. Seguinte | COMPRAR O LIVRO
Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz ideia de que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer.
Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca e, para além dela, centenas de pessoas de pijama. Em uma de suas andanças, Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca, que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O Menino do Pijama Listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.
Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca e, para além dela, centenas de pessoas de pijama. Em uma de suas andanças, Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca, que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O Menino do Pijama Listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.
O DIÁRIO DE ANNE FRANK, de Anne Frank, ed. Record | COMPRAR O LIVRO
O depoimento da pequena Anne Frank, morta pelos nazistas após passar anos escondida no sótão de uma casa em Amsterdã, ainda hoje emociona leitores no mundo inteiro. Seu diário narra os sentimentos, os medos e as pequenas alegrias de uma menina judia que, como sua família, lutou em vão para sobreviver ao Holocausto.
Lançado em 1947, O Diário de Anne Frank tornou-se um dos livros mais lidos do mundo. O relato impressionante das atrocidades e dos horrores cometidos contra os judeus faz deste livro um precioso documento e uma das obras mais importantes do século XX.
Lançado em 1947, O Diário de Anne Frank tornou-se um dos livros mais lidos do mundo. O relato impressionante das atrocidades e dos horrores cometidos contra os judeus faz deste livro um precioso documento e uma das obras mais importantes do século XX.
Quais deles você já leu?! E quais ainda quer ler?
Aline T.K.M.
Criou o Livro Lab há 12 anos e se dedicar a este projeto é uma das coisas que mais ama fazer, além de estar em contato com os mais variados tipos de expressões artísticas. Tem paixão por cinema, viajar e conhecer outras culturas. Ah, e ama ler em francês!
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